terça-feira, 17 de maio de 2011

Eindhoven

Meus caros e estimados leitores,

Este é um post acerca do qual tenho tido algumas dúvidas. Imagino que alguns já poderão ter percebido, pelo título, qual o conteúdo. Mas se não tiver cuidado, posso muito bem sair daqui com um post gigante, tendo em conta tudo o que já aconteceu entretanto.

Bem, adiante.

No já distante dia 14 de Abril desloquei-me, juntamente com um outro benfiquista de Nijmegen, a Eindhoven para assistir ao jogo da segunda mão dos quartos-de-final da Liga Europa entre a principal equipa da cidade, o PSV, e o Benfica.

Dado o resultado da primeira mão (vitória por 4-1) a probabilidade de sucesso para o Benfica era bastante grande, o que consequentemente levou a que um número significativo de benfiquistas lá estivessem. Mas ainda apanharam um valente susto, com o PSV rapidamente a marcar dois golos e a ameaçar o terceiro. Talvez sinais do que estava para vir nas semanas seguintes. Mas um grande golo do nosso capitão fez-nos respirar de alívio e refreou o ânimo local.

De resto, durante grande parte do jogo nem parecia que o Benfica era a equipa visitante. Naturalmente que estavam lá mais adeptos locais, mas devido às probabilidades de passar muitos não foram, enquanto que muitos benfiquistas a residir na Holanda e países vizinhos lá estavam para apoiar a equipa, pintar ainda mais as bancadas de vermelho e ainda para tirar fotos com o Barbas (se bem que eu não o tenha feito).

De notar ainda que o PSV aproveitou a ocasião para homenagear, durante o intervalo, a equipa que venceu a Taça dos Campeões Europeus em 1988, precisamente frente ao Benfica, passando durante esse tempo várias imagens desse jogo, com especial destaque para o fatídico penálti falhado por Veloso (para os adeptos do PSV foi o penálti defendido por van Breukelen).

Foi certamente um fim de tarde mais agradável do que o último jogo Europeu que vira, no início da época, mas nada de muito empolgante. Safou-se a passagem às meias-finais, o que acabou por se revelar um fiasco, assim como tudo o resto até ao fim da época.

Agora resta esperar que os erros cometidos não o tornem a ser na próxima época e, já agora, que tal evitar a contratação de mais um camião de Argentinos e Brasileiros e, em vez disso, apostar em alguns dos jovens da formação? Certamente não seriam piores do que um Kardec ou Menezes, digo eu...

Para além disso, há alguns jogadores que gostava que ficassem, mas fico-me apenas por pedir que não deixem sair o Aimar. É um dos melhores jogadores que já vi com aquela camisola e, independentemente da idade, nunca deveria sair do plantel. Nota-se uma diferença enorme quando ele está em campo. É um deleite vê-lo jogar, para além de falar bem como poucos, fora do campo (dentro do campo por vezes fala demais, mas isso é inevitável, sendo Argentino).

De resto, há que admitir que o fóculporto fez uma época impressionante, e vou mas é jogar FIFA ou Football Manager para tentar evitar que isso aconteça naquela realidade virtual.

Termino com um já típico ditado popular: Para o ano é que é! :)










Saudações benfiquistas!

domingo, 8 de maio de 2011

The Wall

Meus caros,

Como sei que são amantes de boa música, sei que não se importarão que eu fale de mais um concerto, desta vez no passado dia 11 de Abril, no estádio Gelredome, em Arnhem (onde, a título de curiosidade, Portugal defrontou a Roménia no Euro2000).

Não se tratou de um concerto qualquer. Foi apenas a apresentação de um dos mais épicos álbuns de todos os tempos, pelo seu principal criador. O álbum é The Wall, dos Pink Floyd, e foi apresentado ao vivo por Roger Waters, que se encontra actualmente em digressão europeia.



Como sei que não terei muitas oportunidades de ver um dos Pink Floyd ao vivo, muito menos a apresentar este álbum na íntegra, não hesitei em comprar o bilhete por um valor que dificilmente pagaria para outro concerto.

O álbum é por demais conhecido. Contém várias das mais conhecidas músicas dos Pink Floyd, mas é algo que deve ser ouvido do início ao fim. A ópera rock por excelência, que conta uma história com muito de auto-biografia do próprio Roger Waters.

O espectáculo propriamente dito está intimamente ligado à experiência de ouvir o álbum. Com bastante teatralidade, e alguma tecnologia ao seu serviço, é criado o ambiente adequado para as diferentes partes da história.

A progressiva construção de uma parede física entre a banda e o público onde surgem constantemente projecções de acordo com a música, o avião a percorrer o tecto do estádio e a despenhar-se na parede com estrondo, o dirigível em forma de porco, contendo símbolos que de alguma forma estavam relacionados com a guerra, a flutuar por cima do público. Tudo isto nos fez viver um pouco o que Roger Waters idealizara para esta obra, e perceber um pouco melhor as razões por detrás dela.

Só posso dizer que valeu a pena. Foi uma oportunidade que me arrependeria muito de perder. Caso ainda tenham hipótese de ver este espectáculo, recomendo-o vivamente.


Pelos vistos alguém gravou o espectáculo completo no primeiro dia (foram 3 concertos em Arnhem, nos dias 8, 9 e 11; eu fui ao último) e colocou-o no youtube.
Partilho aqui os vídeos, caso estejam interessados.


Parte 1



Parte 2




Doei!

De volta à estrada

Muitíssimo caros leitores,

Cá estou eu, finalmente, para vos dar a conhecer as mais recentes ocorrências neste jardim de tulipas também à beira mar plantado. Bem, neste caso são ocorrências em diversos países num curto período de tempo.

Desde que cheguei à Holanda tenho vindo a adaptar-me ao modo de vida local, principalmente no que diz respeito a meios de transporte. Para deslocações mais longas, a rede ferroviária Holandesa oferece um meio de transporte rápido, confortável e frequente. Nos arredores da cidade, a bicicleta é em geral suficiente. Não posso dizer que sou Holandês nesse aspecto. Eles vão de bicicleta a todo o lado, eu ainda gosto de ir a pé para distâncias curtas.

Mas, como talvez já tenham percebido pelas road trips dos anos anteriores, de vez em quando gosto de me meter no carro e vaguear um bocado.
Esta vontade, aliada às saudades do meu bólide, levaram-me a decidir trazê-lo para cá. Uma viagem longa mas feita em pouco tempo (cerca de 2100km, entre 4 e 5 de Abril), já que o intuito desta vez não era passear, trouxe o carro novamente para perto de mim.

Vejo-me, nos próximos tempos, a dar umas voltas aqui pela região (Holanda, Bélgica, Alemanha, etc) sem estar limitado a rotas pré-estabelecidas ou horários.


E pronto, era isto. Queria apenas deixar algumas notas relativas à viagem.

1. O óbvio aconteceu. Bom tempo em Portugal, Espanha e França (como se pode ver pela foto, tirada algures em França), chuva na Bélgica e Holanda.


2. Não experimentem passar por Antuérpia na hora de ponta.

3. A sensação ao atravessar a fronteira da Bélgica para a Holanda, em auto-estrada, é comparável a passar de uma estrada de paralelos para uma de alcatrão.


E não percam os próximos episódios!

Doei!