domingo, 23 de novembro de 2014

Cross Linx

Caríssimos,


Com a minha já habitual assiduidade, volto para vos pôr ao corrente de um festival que começa a ganhar alguma tradição no meu ano musical.

Mais uma vez em Groningen, o Cross-linx é um festival ao qual já tinha ido há uns anos e que, tal como dessa vez, apresentou um óptimo cartaz.



Ao contrário do Eurosonic, este é mais um festival itinerante. Durante quatro dias passa por quatro cidades Holandesas, e numa noite há diversos concertos a decorrer no mesmo local, mas em diferentes palcos.

Quanto ao cartaz, alguns velhos conhecidos, como José González e My Brightest Diamond, um mais recentemente conhecido, Ólafur Arnalds, e alguns, para mim, ilustres desconhecidos.

Começámos logo com uma surpresa. Douglas Dare, com o seu piano e um toque de electrónica, causou um certo impacto. Fiquei imediatamente fã.

Douglas Dare - Lungful




Depois veio a mais que esperada qualidade. O Islandês Ólafur Arnalds estava acompanhado por uma orquestra, o que deu uma maior dimensão à sua música.
José González também não desiludiu. Não o tenho acompanhado nos últimos anos, mas devia. Ainda deu para relembrar algumas das músicas mais antigas.

Ólafur Arnalds - This Place Was A Shelter



José González - Heartbeats


E depois, mais uma surpresa em grande, que me fez perder My Brightest Diamond. Simplesmente não conseguimos sair do concerto seguinte antes do seu final. Lubomyr Melnyk. Pianista Ucraniano pioneiro da "música contínua". Durante largos minutos estivemos como que noutra dimensão, em transe. A cadência de notas que criam uma torrente interminável de som é tal, e tão harmoniosa, que imediatamente agarra a audiência. É simplesmente impressionante.

Lubomyr Melnyk - The Voice Of Trees (Part 1)




Mais uma vez o festival não desiludiu. Uma noite com amigos e muito boa música foi mais do que suficiente para que eu mantenha o interesse em voltar em próximas edições.


Doei!