segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Happy Christmas!

Ora viva,


Ainda por terras irlandesas, passei por aqui para desejar um feliz Natal aos caros leitores, deixando alguns desenhos animados, com banda sonora ou não, para gáudio de todos.

Charlie Brown, Sufjan Stevens, Twisted Sister e Happy Tree Friends. Uma sequência que vai desde o belo espírito natalício, com banda sonora a condizer, passando para a violência, e mesmo para o sangue. É conforme a vontade do freguês.

Usufruam então destes belos momentos!










Cheers!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Pois é, efectivamente não pensei num título em condições para este post...

Ora viva,


Depois de umas semanas fora dos relvados por lesão, estou de volta para mais uns minutos de jogo.
Bem, pensando melhor, tenho realmente uma camisola do Benfica com o nº10 mas reparei que afinal não sou o Aimar.
Na verdade tive apenas uma lesão na minha vontade de escrever e estive, portanto, umas semanas ausente da blogosfera, que não tenho bem a certeza se é um blog que é uma fera ou uma esfera feita de blogs. Em qualquer dos casos, é algo que faz todo o sentido.


Enfim, coisas para contar acerca das minhas vivências fabulosas nesta ilha.
Há muitas, mas não posso contar tudo. Gosto muito de todos vocês e, como sabem, se partilhar certas e determinadas informações com um indivíduo chamado Antero, por exemplo, de seguida terei de assassinar o indivíduo chamado Antero. O mesmo se aplica para indivíduos chamados Constâncio, Ildebrando, Jocivalter ou outro qualquer nome popular.


Bem, basicamente o que não tem acontecido ultimamente é a precipitação. Ok, acredito que por vezes me possa precipitar, mas não é a isso que me refiro. Tirando uns míseros 2 ou 3 dias, nas últimas semanas não tem chovido. A contrapartida é a descida da temperatura em 2 ou 3ºC. Mas o pessoal nem se importa muito, desde que não chova.

É interessante constatar a humidade do ar, mesmo com tempo seco. À noite (que agora começa perto das 17h), com a temperatura a aproximar-se dos 0ºC (ou passar - abaixo, naturalmente), pode tornar-se divertido andar um bocadinho de carro pela cidade, patinando no gelo acumulado na estrada. Gelo esse que também se acumula nos carros. E eu que sempre quis ter um carro com o topo branco e o resto preto...

É interessante também o cenário ao sair do trabalho. Durante o dia seria uma bela paisagem, sem dúvida. Durante a noite, o frio, juntamente com os sons vindos dos topos das árvores - centenas de corvos e morcegos em amena cavaqueira - e a escuridão contribuem para que eu espere, com naturalidade, que a qualquer momento apareça um gajo com uma máscara e de moto-serra na mão a correr atrás de mim.


Quanto a eventos de importância capital para o desenvolvimento da civilização humana, houve o TSSG Day, no início do mês, com um dia de palestras e debates a ser seguido por comida e bebida num pub. Aí participámos num pub quiz, com alguns jogos de Wii à mistura, o que deu para fazer umas figuras que seriam francamente tristes caso não tivéssemos já bebido uns quantos pints.

Entretanto houve ainda tempo para furar pela primeira vez um dos pneus do carro. Tendo em conta a qualidade destas estradas, era apenas uma questão de tempo.

Também tive oportunidade de ingerir bastante carne contaminada. Penso que sem as dioxinas já não é a mesma coisa, mas se dizem que é melhor para a saúde, tudo bem.

Já neste fim-de-semana (13/12) desloquei-me a Dublin para um jantar português. Português, por causa do pessoal, porque a comida era italiana. E foi uma forma agradável de conhecer mais portugueses que por cá habitam.


E por agora é quase tudo. Se quiserem saber mais, podem sempre ler as previsões para o meu signo. Ou melhor, basta perguntarem a alguém do meu signo o que lhe aconteceu, porque deve ser basicamente a mesma coisa.


Deixo agora algumas fotos acerca destas últimas semanas.













Ups, afinal não deixo fotos. E
ra só para criar alguma ansiedade nos estimados leitores. Fica para a próxima. :P



Cheers!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Opeth

Caríssimos consumidores de boa música,


Como talvez se tenham apercebido nos últimos tempos, o meu estilo de vida mudou radicalmente desde que me mudei para a Irlanda. Nomeadamente no que diz respeito a concertos.

Com uma grande capital europeia por perto, como era o caso há um ano atrás, a quantidade e qualidade de eventos musicais facilmente acessíveis é infinitamente maior do que aqui em Waterford, como devem calcular.

Apesar de em Dublin haver uma selecção razoável de concertos, não é qualquer banda que me leva a fazer mais de 300km durante cerca de 5h, no total, para a ver.

Se alguém alguma vez reparou na barra aqui do lado direito com as bandas que mais ouvi durante a semana, é muito provável que nessa lista estivesse a banda que dá o título a este post.
Pois bem, por esta banda eu não só fiz a viagem até Dublin, como a fiz numa terça-feira, a seguir ao trabalho, para voltar a casa logo após o concerto.


Certamente que muitos dos estimados leitores acharão este tipo de música relativamente horrível, mas para mim é do melhor que há.

Eu não costumo gostar de bandas de Black Metal, mas os Opeth estão muito para além disso. Metal progressivo, misturando "clean vocals" com os gritos à Monstro das Bolachas, têm tanto de melódico como de violento, com um ambiente sombrio e malévolo, devo dizer, tanto pela música como pelas letras.

São uma das melhores bandas que tive o prazer de ouvir. Por isso, quando soube que iam a Dublin, não pensei duas vezes.

Já os tinha visto há cerca de dois anos no Hard Club, em Gaia. E, tal como nessa altura, foi um grande concerto.

Já agora, a banda que os antecedeu, os Cynic, merece uma audição mais atenta da minha parte, já que não os conhecia. A primeira banda, The Ocean, não cheguei a ouvir, já que ainda estava a caminho. Paciência.

Deixo-vos aqui dois vídeos de um concerto dado há dois anos em Londres e que foi lançado (mas não com muita força) em CD e DVD.
Se não gostarem de alguma dose de violência na música (embora esteja longe de ser das mais violentas), vejam só o segundo vídeo.



Opeth - Bleak




Opeth - Windowpane


Cheers!

sábado, 15 de novembro de 2008

Irish breakfast

Ora viva!


Esta manhã (cerca das 15h) decidi preparar um pequeno-almoço irlandês.

Tendo em conta a quantidade de alimentos normalmente empregue nesta típica refeição, penso que não seria capaz de ingerir tudo isto num horário normal para o pequeno-almoço.

Faltavam alguns ingredientes, mas devo dizer que soube bastante bem.



Cheers!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Lobos em Galway

Olá! Eu sou a Manuela Moura Guedes e este é o Jornal Nacional!


Bem, na verdade não sou, mas tenho a certeza que muita gente virá aqui parar por engano, já que devem ser aos milhões as buscas no google por estas palavras-chave, por parte dos seus admiradores.


No meu dia de aniversário tinha combinado uma ida até à cidade de Galway, na costa oeste da Irlanda. Por momentos considerei ficar em casa e ver episódios dos morangos com açúcar, mas depois lembrei-me que prefiro dióspiros, e então saí.

Fui então a um almoço organizado pela Associação Portuguesa da Irlanda, que se prolongou por algumas horas. Mais tarde junt
ámo-nos a mais portugueses para apoiar os "Lobos", num jogo de preparação contra a equipa de rugby da província de Connacht. Para que conste, as restantes províncias da ilha são Ulster, Leinster e Munster, sendo esta última a "minha" província, que é representada por uma das melhores equipas de rugby da Europa.

Mesmo sem alguns jogadores importantes, a nossa selecção estava a dar uma boa réplica até bem perto do intervalo, quando o resultado era ainda 3-3. Mas os irlandeses acabaram por levar a melhor. 27-11 foi o resultado final, com 4 ensaios para Connacht e 1 para Portugal.

Fotos aqui.

Não foi por falta de apoio que perdemos. Os poucos, mas bons, portugueses que lá estavam apoiaram quanto puderam.
Aliás, eu iria de bom grado para o campo dar uns pontapés na cabeça aos jogadores irlandeses, mas o frio, o vento e a chuva estavam pouco convidativos.

Uma curiosidade que é comum neste tipo de recintos desportivos, é a existência de uma pista para corridas de galgos à volta do campo, sendo uma parte da bancada, protegida a toda a volta, utilizada para as apostas nesses eventos.

Fiquei a pensar como seria interessante, durante o jogo de rugby, pôr alguns cães ali a correr para entreter o pessoal no caso do jogo estar um pouco parado. Poderia até ser um factor a ter em conta para as apostas, devido à possibilidade de um dos velocistas levar com a bola no focinho e despistar-se na última curva antes da meta.

Depois, a aventura para voltar para casa. Como toda a gente sabe (certamente), Galway fica a cerca de 220km de Waterford. Se em Portugal esta distância demoraria umas 2h a percorrer, nas calmas, numa das centenas (ou at
é milhares) de auto-estradas do país, aqui demora 3:30h. Digamos que conduzir 3:30h à noite, com piso molhado e alguma chuva não é uma experiência agradável, especialmente nestas estradas.
Na maior parte do caminho não se vê um boi à frente (mesmo que o boi esteja efectivamente lá). E se em muitas das zonas com limite de 100km/h já é perigoso atingir esta velocidade num dia de sol, dada a reduzida largura da estrada e ausência de separadores, nestas condições parece-me algo suicida.
No entanto, os condutores irlandeses, contrariamente ao que costumo ver na cidade, não se inibem.
Felizmente, enquanto me ultrapassavam, não lhes apareceu nenhum boi à frente.

É totalmente diferente conduzir aqui e na Itália, mas continua a ser uma aventura.


De qualquer forma, foi um dia diferente e bem passado, em que falei mais português que o habitual. Para a próxima tenho que ir com mais tempo, pois não foi possível ver nada pelo caminho ou mesmo na cidade. O facto de estarmos quase no inverno também não ajuda, já que há menos horas de luz para se ver o que quer que seja.


P.S.: Com tantas horas ao volante, acabei por não responder a inúmeras mensagens de felicitações e apoio por parte de amigos, familiares e fãs em geral. Portanto, um muito obrigado a todos (não é lá grande resposta, mas é o que se pode arranjar de momento).


Cheers!

domingo, 9 de novembro de 2008

26

Dos muitos filmes da Disney que preencheram muitas horas da minha infância, recordo este, em português do Brasil, pois claro. Hoje é o único dia do ano em que não posso festejar esta ocasião.



Se por acaso quiserem ver mais (tenho a certeza que querem ver mais... porque é que não haveriam de querer?), deixo aqui a sequência completa, mas apenas encontrei na versão original. Não se pode ter tudo... :)




Cheers!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Grande momento

Não me canso de rever este momento de inspiração por parte destes dois grandes jogadores. Um passe fantástico do argentino para uma cavalgada vitoriosa do hondurenho.

Apesar da palhaçada a que se resume normalmente o futebol português, e este jogo teve uma bela dose desse ingrediente, nem tudo está perdido.

É por momentos como este que anseio (eu e a maioria dos adeptos de futebol, suponho). Aimar, Suazo e companhia, mais por favor! :)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Mudança de hora

No fim-de-semana passado parece que não foi só a hora que mudou.
Para além de às 18h já ser noite, levar com vento a 2
°C na cara não é das sensações mais agradáveis de que me lembro, assim de repente...

Porra, que está frio!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Visitas

Prezados leitores,


Já com algum atraso, venho aqui relatar os dias (entre 16 e 21 de Outubro) em que recebi ilustres visitantes.
Depois de, há cerca de um ano, se terem deslocado à Itália, os meus pais e o meu irmão puseram os pés, ou aquilo que tinham calçado nos pés, pela primeira vez, nesta ilha verdejante.

O primeiro local a visitar foi, como seria de esperar, a fabulosa metrópole onde resido actualmente, que dá pelo nome de Waterford (derivado de
Vedrarfjord, o seu nome Viking, e sendo Port Láirge o nome na língua irlandesa).

Tiveram, portanto, o privilégio de passar algumas noites a escassos metros da Guinness, (já referida aqui e fotografada aqui) onde é produzida a essência dessa bela cerveja.

Uma volta pela cidade mais antiga da Irlanda é um percurso bastante rápido, pelo que foi necessário passar o tempo com outras actividades, como a ingestão de belas iguarias portuguesas cuidadosamente confeccionadas pela minha mãe.



Para além da cidade, foi possível fazer uns quilómetros até algumas vilas costeiras, como Dunmore East e Dungarvan, onde pudemos degustar algumas das maiores fatias de bolo de que há memória. Estes irlandeses tratam-se bem, sem dúvida.



Após dois dias por cá, pegámos no carro (eu peguei de um lado e o meu irmão do outro, porque os pneus não são para gastar), e fomos em direcção a Dublin. Pelo caminho ainda deu para parar em Kilkenny, almoçar, tomar um café bastante mau, e apanhar uma bela chuvada.

Uma vez em Dublin, começámos por dar umas voltas no centro da cidade.



Como qualquer turista que se preze, tivemos que ir à Guinness Storehouse, um edifício cujo interior tem a forma de um copo de pint, e um dos mais visitados pontos turísticos da cidade.

É bastante interessante para quem gosta de Guinness, para quem gosta de cerveja, para quem tem interesse em saber como é feita, ou até para quem não preenche nenhum destes requisitos.



Fica-se a saber um pouco mais sobre as várias fases que levam à produção da cerveja, a história que culminou com a criação da Guinness ou as suas campanhas publicitárias. Há ainda a hipótese de cada pessoa tirar o seu próprio pint de Guinness, com direito a certificado, e ainda se pode ter uma vista de 360º sobre a cidade, a partir do último piso (7º).

A minha mãe não gosta de cerveja, muito menos de Guinness, mas ainda assim tem o certificado de que tirou o "perfect pint of Guinness". Aliás, se pensarmos bem, é capaz de ser boa ideia serem as pessoas que não gostam de Guinness a servi-la, para evitar qualquer tipo de tentação.

Depois, há obviamente a oportunidade de gastar dinheiro na loja. Aqui
comprei os chinelos mais confortáveis de sempre. E os primeiros que tenho com tucanos.



E assim foi. Depois de mais umas voltas pela cidade, mais algumas gotas de chuva, e mais alguns cafés bastante maus, terminou esta agradável visita.



Falta saber se daqui a um ano ainda estarei por aqui ou não. Por isso, se quiserem aproveitar a hospitalidade deste vosso companheiro, amigo, palhaço, vejam lá se se despacham. :)


Cheers!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Resumo dos últimos episódios

Caríssimos leitores,


A minha ausência deste espaço de divulgação cultural nos últimos tempos deve-se a questões pessoais. Nomeadamente, não me apeteceu escrever nada, apesar de ter recebido inúmeros (algures entre -1 e 1) emails de desespero provocado pela falta de conteúdos literários actualizados pela minha pessoa.

No entanto, esta falta de vontade de utilizar a minha quase infinita criatividade e o meu enorme talento fazem com que agora tenha de escrever mais, devido ao elevado número de ocorrências relevantes no último mês.


Pois bem, começo com a minha ida a Portugal a meio de Setembro.

Pela primeira vez, apesar das horas que viria a demorar, decidi voar a partir de Waterford. Um aeroporto cerca de 50% maior que o meu apartamento (um dos aeroportos onde a Ryanair começou, mas quando pôde se mandou dali para fora), e um avião cerca de 50% maior que o meu carro, com umas hélices porreiras, e tal. De qualquer forma, o tamanho do aeroporto é suficiente, tendo em conta o reduzido número de destinos, e uma viagem com destino ao aeroporto de Luton, na ilha aqui ao lado, não exigia um avião extraordinariamente poderoso.

Depois de um autocarro até Stansted, várias repetições do novo álbum dos Metallica (quentinho, acabado de sair do forno) e umas horas de espera, voei finalmente para o Porto.


No dia seguinte, sábado 13, fui ao casamento de um amigo de há muitos anos. Agora toda a gente se está a casar. Mas como é? Um gajo não pode estar sempre a viajar para casamentos. Vamos lá a ter calma, temos tempo...

Foi um dia porreiro, com muito sol, comida e bebida partilhados com amigos.


Depois, como irlandês que sou, fui para o Algarve durante uma semana. Praia da Rocha, para ser mais exacto (ou preciso?).










Mais fotos aqui.

Basicamente foi uma semana para aproveitar o sol (para variar), sem fazer nada, sem sequer sair de Portimão, portanto apresento desde já as minhas desculpas a todos os milhares de admiradores e admiradoras que esperavam ser presenteados com a minha visita.


Para voltar aproveitei o voo directo entre Faro e Waterford para compensar as longas horas da viagem de ida.


Regressado à Irlanda, e depois de uma semana de trabalho e várias repetições do novo álbum dos Mogwai (também quentinho, acabado de sair do forno), desloquei-me à minha conhecida Itália, em trabalho.

Desta vez foi Trento, no norte. E deu para perceber que a chuva me seguiu até lá. Compreende-se que também queira sair da ilha de vez em quando, mas escusava de ir para o mesmo sítio que eu.

Quanto a Trento, pareceu-me ser uma cidade engraçada, entre os montes, quase no limite dos Alpes. Como é bastante a norte, não é tão "italiana" como Roma, por exemplo. Já se nota uma certa mistura entre Itália e Alemanha (ou Áustria, se quiserem, pois é com esta que a Itália faz fronteira). O que acaba por não ser mau, pelo menos em certas e determinadas coisas. Perde-se um pouco do caos italiano, continua-se a ter boa comida italiana e acrescenta-se boa cerveja alemã.


Decidi adiar a minha volta para, no fim-de-semana, dar um salto à grande metrópole onde passei um ano: Frascati.

Deu para passear um bocado, estar com alguns amigos que ainda por lá andam e matar saudades da bela comida que se encontra por ali (incluindo a comida tailandesa disponível uma vez por mês, na Eur).

Deu ainda para ver a diferença no estado de espírito entre um espanhol adepto do Atlético de Madrid e um catalão adepto do Barcelona, depois de vermos o jogo em que a actual equipa do Simão (embora não tenha jogado) apanhou 6-1 da antiga equipa do Simão.


E pronto, foi isto. Possivelmente esqueci-me de algo importante, dada a enorme quantidade de eventos importantes que preenchem o meu quotidiano.


Cheers!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Hurling

Saudações!


Depois de, sexta-feira e sábado, ter dedicado as minhas energias a tarefas relacionadas com a logística que uma mudança de apartamento acarreta, chegou o dia aguardado há algumas semanas por todos os adeptos de hurling (um desporto irlandês muito popular por aqui) do condado de Waterford: a final do All-Ireland, a principal competição desse desporto. N
ão fui ao estádio (o Croke Park, em Dublin, com capacidade para 82300 pessoas), mas vi o jogo num ecrã gigante no centro de Waterford.

Pela primeira vez em 45 anos, Waterford chegou à final. E os adversários eram os rivais e vizinhos de Kilkenny. Rivais, penso que mais da parte de Waterford, já que Kilkenny (vencedor das duas últimas edições da competição), juntamente com Cork e Tipperary, dominam esta modalidade.

Embora conheça minimamente as regras do jogo, ainda não estou habituado a segui-lo (este foi o primeiro jogo que acompanhei), pelo que me ficam algumas dúvidas em certos e determinados lances (se devem ser ou não considerados falta, por exemplo).

15 jogadores para cada lado, cada um com um bastão - o hurley -, tentam, durante 70 minutos, introduzir uma sliotar (bola de cortiça revestida a couro) na baliza (1 golo = 3 pontos), ou fazê-la passar por cima da barra (1 ponto).

É um jogo onde
são necessárias uma certa agressividade e muita coragem. E, pelo que me dizem (e faz sentido), nas camadas jovens ou campeonatos mais amadores, essa agressividade transforma-se muitas vezes em violência. Mas, ao mais alto nível só chegam aqueles com técnica superior (e é preciso muita para jogar hurling), pelo que os caceteiros ficam pelo caminho. :)

E, devo dizer, este desporto, ao mais alto nível, é um grande espectáculo para quem o está a ver, sempre com uma velocidade impressionante.
Mais informações na wikipedia, e um vídeo que explica o que é o e como se joga o hurling no youtube (parte 1, parte 2, parte 3).

Posto isto, o que dizer sobre a final?
Bem, basicamente a equipa de Waterford foi fuzilada, atropelada e esmagada por Kilkenny.



Pelo que percebi, Waterford esteve num dos seus piores dias de sempre, mas aqueles gajos de Kilkenny jogam como o caraças (li algures que esta é, discutivelmente, a melhor equipa de sempre daquele condado). O resultado final foi 3-30 - 1-13 para Kilkenny. Portanto, 3 golos mais 30 pontos para Kilkenny, 1 golo mais 13 pontos para Waterford. Waterford que lá conseguiu marcar um golito perto do fim, sendo este do tipo de golos que o Ricardo sofreria caso jogasse hurling.

E assim foi. Eu até fiz o esforço de comprar o cachecol azul e branco para apoiar a equipa, mas creio que seria necessário comprar muito mais do que isso para os ajudar realmente a ganhar aquele jogo. Se eu sofresse com a situação, acho que não seria capaz de ir trabalhar no dia seguinte, por estar a recuperar do KO.

A chatice é que o primeiro jogo que vi é exactamente o último da época. Agora só para o ano...


Cheers!

Água e Ovelhas

Ora viva!


Era uma vez um fim-de-semana com dois dias bem distintos.

O primeiro, o sábado, foi um daqueles dias em que fiz tantas coisas úteis como o Katsouranis fez pelo Benfica no jogo desse mesmo dia contra o Fóculporto.

O segundo, o domingo, foi um dia em que realmente me apeteceu sair e fazer alguma coisa de útil pela minha saúde e pela felicidade do povo irlandês, já que não é qualquer povo que me tem a vaguear pelo seu país.

Sendo assim, decidi então seguir para mais uma etapa da South East Coastal Drive, continuando para a parte final da Copper Coast (sendo a Costa de Cobre, se houver uma trovoada por lá, estamos todos lixados, já que não tem borracha à volta a isolar... mas talvez os pneus do carro ou as solas das sapatilhas me safem).




Bunmahon e Dungarvan foram, mais uma vez, pontos de passagem, em direcção à península de Ring (An Rinn), uma das zonas Gaeltacht, onde se usa o irlandês como língua principal. Já que andava por ali realmente a vaguear (embora tivesse alguns destinos em mente), era complicado saber para onde estava a ir, já que as indicações na estrada são apenas em irlandês.

Aí parei em Helvick, uma zona piscatória, apenas para dar uma olhadela pelo sítio e levar com algumas fortes rajadas de vento na cara.




De seguida dirigi-me para Ardmore (sabendo os nomes das terras, ainda é possível deduzir, através dos nomes em irlandês, que é para lá que estamos a ir), pequena vila costeira com uma bela praia. Pena que não possa ser utilizada muitas vezes. :) Tem também um número razoável de casas, no sítio onde tirei as fotos, com uma vista fantástica para a praia.





De seguida despedi-me do mar e arranquei em direcção às montanhas Comeragh. Pelo caminho, deparei-me com as indicações de umas quedas de água, e segui-as, durante largos minutos, pela estreita estrada que sobe a montanha.

Cheguei então às Mahon Falls. Efectivamente é um bocado de água a cair pela montanha, em direcção a um vale preenchido por calhaus, erva, ovelhas, cabras e algumas pessoas.

É uma bela vista, devo dizer, embora o dia já não estivesse muito iluminado. Não por ser muito tarde, mas porque as nuvens também tiveram alguma curiosidade em ver as quedas de água.

É também impressionante ver as ovelhas calmamente a pastar pelas encostas. Na altura parecia-me muito provável, a qualquer momento, ver um novelo branco de lã a rebolar até cá abaixo, mas isso acabou por não acontecer, pelo que tive de me contentar com umas fotos à água e a tudo o que não estava a cair pela encosta.





Sim, são aqueles pontos brancos lá em cima. E isto com muito zoom.



E viveram felizes para sempre (as ovelhas).

Mais umas fotos aqui.



Cheers!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Ainda sou do tempo...

Pois é, ainda sou do tempo em que este belo programa educativo era transmitido na televisão portuguesa. Muitas vezes dou por mim a ver partes dos seus episódios, e a partir-me a rir.

Certamente que na altura achava piada, mas há muita coisa que me faz rir mais agora do que nessa altura.

Deixo aqui, para vosso gáudio, um excerto de um episódio na versão original (apesar de ter visto sempre em português, por vezes perde alguma piada com a tradução), e um outro, da versão portuguesa, que é provavelmente o meu favorito, sempre recordado por mim com uma gargalhada (se me virem a dar uma gargalhada sem razão aparente, há uma forte probabilidade de me ter lembrado disto nesse momento).






Cheers!

Farol

Saudações para os caríssimos leitores da Antártida, assim como para todos os que se encontram a Norte dessa famosa estância turística.


No fim-de-semana passado (23-24/08), depois de ter passado um sábado bastante agradável em Dublin, à chuva, o sol voltou à região mais seca da Irlanda (e não estou a ser irónico, isto é um facto), o que me permitiu sair e passear um pouco mais.

Como da última vez tive de interromper a South East Coastal Drive devido a questões meteorológicas, no domingo decidi retomar esse belo percurso, com destino ao mais antigo farol em funcionamento do mundo (seguido de perto pelo restaurante Farol, na Póvoa do Varzim, tendo este a vantagem de servir francesinhas).

O farol de Hook's Head, situado numa península pertencente a Wexford, é um dos pontos turísticos mais procurados da Irlanda.
Para além de ser o farol em funcionamento mais antigo do mundo e de ser rodeado por um cenário natural bastante apelativo, é ainda um possível miradouro de focas, golfinhos ou mesmo baleias. Não vislumbrei nenhum destes mamíferos marinhos, mas fiquei deveras curioso pelo facto de muitos dos turistas que lá se encontravam passarem o tempo todo a olhar para o horizonte com os seus binóculos (só mais tarde li acerca destes possíveis avistamentos).

Mesmo sem ver mamíferos, para além dos turistas e alguns dos seus canídeos, e ainda algum gado bovino que por ali pastava, vale a pena ficar a observar a lenta erosão dos penedos provocada pela violenta ondulação marítima. E, já agora, a paisagem verdejante em redor da península de Hook merece uma olhadela, principalmente se o sol lá estiver para a realçar.








Para terminar o dia em beleza, desloquei-me à pequena vila de Dunmore East, de onde se consegue ver o farol ao longe, pois situa-se na margem oposta do rio Suir, do lado de Waterford. Aqui decorria o festival anual de Bluegrass (estilo musical derivado do Country), com actuações de bandas irlandesas e internacionais.

Já não houve tempo para muita música, mas soube mesmo bem terminar o dia num pub ao som de um daqueles concertos e um pint de Guinness (patrocinadora do evento) a acompanhar. :)


Cheers!

sábado, 16 de agosto de 2008

Mítico

Aqui está algo que me apeteceu partilhar convosco.
Estava com saudades desta banda de vulto do rock/folk/jazz/prog português.
Rejubilem!



Cheers!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

South East Coastal Drive

As minhas sinceras e cordiais saudações, prezados leitores deste espaço de divulgação de histórias boas, más e assim-assim.


No passado fim-de-semana decidi seguir a "South East Coastal Drive", um percurso por estradas ao longo da costa, de Este para Oeste, a partir de Wexford.

Tudo isto poderia resultar em algo bonito de se ver, não fosse o grande aglomerado de nuvens cinzentas claras e escuras que se acumulara no céu e que, eventualmente, originaria um fenómeno meteorológico a que se atribui o nome de chuva.

Portanto, tentei fazê-lo no Sábado, mas tive de desistir depois de algumas dezenas de quilómetros, ao verificar que, para além da chuva, uma densa neblina se apoderara da zona costeira, pelo que não pude vislumbrar um bocadinho que fosse da bela paisagem.

No Domingo, ao verificar que alguns raios de sol entravam pela janela, saí de casa e, mesmo tendo em conta as inúmeras nuvens escuras a rodear a cidade, fiz-me à estrada. Como sabia que, mais cedo ou mais tarde, iria haver molha, fui simplesmente em direcção a Tramore, cerca de 13km a sul de Waterford.

Aí pude, finalmente, ver alguma da paisagem costeira da região sem esta estar completamente coberta por nuvens, embora ainda tenha sido atingido por alguns aguaceiros. Deparei-me, então, com uma zona de mergulhos "só para homens" (agora nem por isso, mas antigamente era só para homens), onde a maioria dos corajosos levava fato de mergulho, pois quer-me parecer que aquela água é fresquinha.





Segui daí para Dungarvan, outra vila costeira relativamente perto de Waterford. Aqui não vi grande coisa, visto que a chuva acabou por levar a melhor, e já não era propriamente cedo.

Ainda assim, deu para ver algumas das típicas paisagens do sudeste da Irlanda. De um lado, falésias a descer para o mar, com algumas praias por entre as rochas. Do outro lado, colinas verdes a perder de vista. Algumas estradas em que não passam dois carros lado a lado. Outras com árvores de ambos os lados, sendo por vezes completamente cobertas, parecendo quase um túnel.


Restantes (poucas) fotos aqui.

Eu diria que isto, com algum sol, deve dar um belo passeio.

Até lá, pode ser que a chuva ajude a refrescar as ideias.


Cheers!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

On wheels again

Povo de Timor Lorosae e restantes leitores,


No passado fim-de-semana efectuei uma viagem relâmpago a Portugal. Não que a minha viagem tenha sido originada por alguma descarga eléctrica de uma nuvem de chuva. Simplesmente foi bastante breve.

Breves conversas com alguns amigos, familiares e botões. Breves momentos do festival Ollin Khan em Vila do Conde, breves Super Bocks, e breves preparativos para a viagem de volta.

Depois, 1800km ao som de Pink Floyd, Porcupine Tree, Mandrágora, entre outros, ou então Opeth e Mammoth Volume quando precisava de algo mais violento.

Os primeiros 1200km foram feitos na segunda-feira para atravessar Portugal e Espanha, e ainda cerca de metade da França, para norte (até uma área de serviço perto de Niort). Um percurso bastante monótono, praticamente todo em auto-estrada, tirando a fronteira entre Portugal e Espanha e ainda uma pequena parte no País Basco espanhol, em que o meu GPS, que tem uns mapas extremamente actualizados, me queria mandar para uma auto-estrada que ainda não está pronta...
Foi também o dia em que pensei como toda a gente, e decidi atestar o depósito, pela segunda vez, na última área de serviço espanhola antes de passar para França, poupando assim uns valentes trocos, e esperando uns valentes minutos, porque a fila era grande.

Na terça-feira, já com mais tempo, cerca de 500km até Cherbourg, no norte de França, para aí embarcar no ferry onde pude ver, finalmente, o último Indiana Jones. Sim, foi esta a razão para fazer todos estes quilómetros. O facto de querer trazer o meu carro para a Irlanda nada teve a ver com a escolha do percurso e do ferry. Mas sim o facto deste ter o Indiana Jones no cinema a bordo.

Depois de 17h no mar, com uma noite bem dormida, (ainda que o barco balançasse consideravelmente) e depois de cerca de 80km entre Rosslare e Waterford (curiosamente, ou não, a única parte do percurso em que choveu), cá estou eu, de novo com o meu Focus, mas agora a conduzir pela esquerda. :)


Cheers!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Menino d'Ouro

Se assinalei aqui a despedida de Rui Costa dos relvados, também devo assinalar mais uma despedida.

Quando comecei a prestar alguma atenção ao futebol, era ele o melhor do Benfica, e foi-o durante vários anos. É verdade que a falta de qualidade dos plantéis desses anos até me dá vontade de rir, de tão deprimente que era (tirando uma meia dúzia de jogadores, juntando os anos todos). Mas possivelmente foi isso que fez com que ele não chegasse tão longe como poderia.

Obrigado, João Pinto!

Período de seca

Cumprimentos e larguras para os caríssimos leitores,


Para contrariar este post, a seca atingiu a cidade de Waterford. Há já alguns dias que não chove por aqui, e se eu fosse agricultor, estaria certamente nesta altura a pedir subsídios ao estado.

Tenho saído à rua apenas em t-shirt (e por vezes com umas calças também), o que poderá significar uma habituação da minha parte às temperaturas locais, mas
também que efectivamente não tem estado frio.

Consegui, inclusive, tostar ao sol durante alguns minutos, desde que devidamente abrigado do vento que se fazia sentir. O Sunny South East mostrou-se no fim-de-semana, portanto.

E até já vi o impensável, senhoras e senhores. Hoje (terça-feira), o céu não tinha nuvens... Ainda estou em estado de choque.

Aposto que naqueles momentos de sol todos os fotógrafos profissionais da região são contratados para que se obtenham as imagens que vemos nos guias turísticos.

Eu
não sou profissional, nem fui contratado para tirar fotos, mas tirei-as na mesma! Más ou péssimas, elas aqui estão.











Cheers!