segunda-feira, 2 de março de 2015

Fortarock XL 2014

Ora viva!


Como deverão ter percebido pelo título, este post refere-se à edição do ano passado do festival dedicado a sons mais pesados que anualmente decorre aqui em Nijmegen, e que já antes referira, por ocasião da edição anterior.

Só para clarificar, este é um festival de metal, mas uma boa parte das bandas presentes estão, para mim, algo fora dessa onda. Mas parece-me que isso foi uma tendência da parte inicial do festival. Alguns dos sons que poderão ouvir de seguida podem estar relacionados com rock e sons progressivos ou psicadélicos, mas não são metal.

Vou começar por um par de bandas que não cheguei a ver, mas que me interessariam se tivesse chegado a tempo.


Blood Ceremony - Goodbye Gemini



Deafheaven - Violet



Graveyard - Hisingen Blues



Para que conste, não considero nenhuma das bandas anteriores como metal. Todas têm algum elemento que as pode associar de alguma forma a esse som mas, embora goste do que ouço, não gosto de lhes chamar algo que não são.

A partir daqui já estava presente e fui, com maior ou menor interesse, acompanhando os concertos.

Para não variar, começamos com mais uma banda de "não-metal". Esta em particular aposta bastante no aspecto visual. Até lhes acho alguma piada ao som, mas não me puxa muito ainda assim. E são tudo menos metal.

Ghost - Monstrance Clock



Bem, e agora saltamos para o metal. E metal a sério, de facto.

Nada mais nada menos que os Polacos Behemoth. Tenho de confessar que pouco conheço deles, muito porque uma boa parte do seu repertório ultrapassa o extremo dos vários géneros metálicos até onde eu me sinto confortável. Sou capaz de apreciar algum do seu trabalho, quando não vão muito além da violência sonora que consigo tolerar. Quando ultrapassam esse limite, paciência. Mas, ainda assim, respeito. São grandes. Eu é que sou um menino.

Behemoth - Blow You Trumpets Gabriel



Tinha algum interesse em ver os jovens seguintes, mas havia muita coisa a acontecer. De qualquer forma, aqui fica uma amostra.

Gojira - Born In Winter



De seguida uma banda de que gosto, sem ser com muita força. Não é o tipo de metal que mais aprecio, mas de vez em quando ouve-se bem.

Trivium - Strife



Os veteranos que vi imediatamente depois são pioneiros de um sub-estilo de metal (grindcore) que não me diz muito e sobre o qual sei pouco. Um pouco extremo e sem a parte melódica que aprecio em muito do que ouço. Mas como os meus companheiros de festival estavam para aí virados, fiquei por ali algum tempo.

Carcass - Heartwork



E agora um dos grandes do thrash metal, que acabei por não ver. De qualquer forma nunca os conheci muito bem, e não é um estilo que ouça muito.

Anthrax - Madhouse



Os jovens que se seguem nunca me passaram muito pelos ouvidos. Tocam um metal bastante acessível, muito virado para temas épicos de guerra. Longe de serem o melhor exemplo de tal estilo, também não são os piores. Esta música em particular toca num tema que me diz cada vez mais, com a influência Polaca na minha vida.

Sabaton - Uprising



Agora voltamos a algo que me apraz um pouco mais. Estes Noruegueses não são a banda que melhor conheço das que passaram pelo festival, mas vieram a Nijmegen para tocar na íntegra o único álbum que conheço bem deles, e é um álbum que me agrada particularmente. Geralmente a sua música situa-se algures na paisagem do black metal, que pouco me diz, mas acrescentam a melodia que falta em algumas das outras bandas aqui mencionadas. Acabei por não conseguir ver o concerto todo, mas este álbum tem momentos de uma brutalidade e brilhantismo que podem a qualquer momento causar-me aqueles arrepios que tenho dificuldade em explicar.

Um aparte acerca de algo que defendo muitas vezes (certamente sou das pessoas que pior defende isto, mas não interessa). Há tanto, mas tanto, de semelhante entre vários estilos de metal e música clássica. Só para dar uma amostra, deixo dois vídeos da mesma música, sendo que a primeira é de um concerto ao vivo com uma orquestra e a segunda é uma versão "unplugged", em piano, tocada pelo teclista da banda.

De todas as músicas que aqui estou a colocar, esta é definitivamente a que mais me tira do sério. Qualquer uma das versões. Simplesmente épico.

Dimmu Borgir - Progenies Of The Great Apocalypse





Por muito que já tenha gostado da banda que agora apresento (agora passa-me mais ao lado), não deixa de ser um anti-clímax pelo facto de vir a seguir a Dimmu Borgir. Começou por ser uma espécie de Creed, por ser basicamente os elementos dessa banda com um vocalista diferente. Entretando foi mudando para sons mais apelativos (pelo menos para mim), mas ainda assim não tenho seguido muito.

Alter Bridge - Addicted To Pain



Depois, um nome enorme to thrash metal, e que infelizmente não conheço muito bem. Mas lá estive a ouvir e valeu a pena.

Slayer - Raining Blood



Bem, e se fui ao festival, muito se deveu à presença destes senhores. Mais uma vez não posso dizer que conheça o seu trabalho particularmente bem, mas conhecia o suficiente. E não podia perder a oportunidade de ver estas lendas ao vivo. A idade parece que não pesa, tendo em conta as correrias que davam em palco. Ou isso ou tomaram alguma coisa antes do concerto.

Iron Maiden - The Trooper



Enfim, foi uma tarde/noite bem passada com música por todo o lado. Com maior ou menor proximidade ao que se define como metal, o que interessa é que havia boa música para vários gostos, e mesmo aqui ao lado.


Doei!