domingo, 9 de março de 2008

Eels

Ciao!


Lamentavelmente, estimados leitores, não tenho tido assuntos de interesse para aqui vos expor.

"Mas então, tu que ias a um concerto a cada três quinze dias... agora não vais a lado nenhum?", perguntam os caros leitores, com toda a razão.

Pois, não tenho ido a concertos por ter tido outras prioridades, ou então não tem passado por cá nenhuma banda que me agrade.

Mas eis que, vindo sabe-se lá de onde (por acaso até se sabe que veio dos Estados Unidos da América), E. (ou Mark Oliver Everett) traz a música dos Eels ao Auditorium Parco della Musica, em Roma.

Sendo assim, tive que lá ir, pois é uma banda que sigo há uns 10 anos, e que nunca tinha visto ao vivo. Pois bem, isto quer dizer, então, duas coisas:

  1. Estou a ficar velho;
  2. Nem todas as bandas que ouço se enquadram em estilos que o comum dos mortais tem dificuldades em auscultar (normalmente estilos que não se sabe bem explicar o que são, como post-rock, sludge metal atmosférico, black metal progressivo ou o estilo José Cid).
Este último ponto está relacionado com o facto desta banda não ser totalmente desconhecida do público. Mesmo que o nome não vos diga nada, muito provavelmente reconhecerão algumas músicas, como a "My Beloved Monster", que uns anos depois do seu lançamento (no álbum Beautiful Freak), fez parte da banda sonora da história do meu grande amigo Shrek.

Foi um belo concerto, com direito a um documentário no início, sobre a busca que E. tem levado a cabo para saber mais acerca do seu pai (falecido, assim como a irmã e a mãe, mais tarde), que era um conceituado físico, e que propôs a teoria dos universos paralelos
, hoje bastante vista em livros ou filmes.

As recordações trazidas por algumas das músicas são algo a que não estou habituado. O facto de conhecer uma banda quase desde o seu início, e esse início ser há mais de 10 anos colocam alguma confusão nos meus neurónios. Mas foi bom poder estar lá e viajar mentalmente pela escola José Régio enquanto ouvia as músicas. E, nem de propósito, E. e o seu companheiro de palco tocaram um pouco da "Good Times, Bad Times", dos Led Zeppelin, uma música que eu andava a tentar tocar na guitarra há uns bons anos também.

Valeu a pena, portanto. :)


Ciao!

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