quinta-feira, 27 de maio de 2010

Edinburgh

Estimados leitores,

Desta feita venho falar-vos (bem, na verdade não estou propriamente a falar) de um dos fins-de-semana mais quentes do ano na capital da Escócia - Edimburgo.

Como devem imaginar, o clima Escocês é sensivelmente como o que experimentei durante um ano na Irlanda, só que mais frio. Daí ter sido uma sorte do caraças eu ter escolhido um fim-de-semana com temperaturas acima dos 20ºC para visitar um grande amigo dos tempos da FEUP, essa grande instituição.

Depois de também ter levado o sol a Groningen, começo a pensar se será apenas coincidência.

Aproveitando o feriado que tinha no dia 24 de Maio (por ser o dia de aniversário da minha afilhada, entre outras razões de menor importância), voei para lá na sexta-feira dia 21.

O primeiro impacto da cidade foi fortíssimo, com toda a imponência do castelo a dominar o cenário à medida que o autocarro se aproximava do centro.

E a melhor coisa que se pode fazer depois de chegar a Edimburgo é precisamente entrar num pub e pedir um real ale. Estas cervejas são bombeadas (não há cá pressão ou gás) para um copo de pint, e são uma maravilha. Estive lá um fim-de-semana, experimentei umas dez diferentes - uma pequena parte, portanto - e todas me souberam bem.

Neste aspecto tenho que admitir que estaria muito mais bem servido do que estava na Irlanda. Na Escócia há mais e melhores cervejas (a Guinness é a única cerveja Irlandesa de que vou sentindo falta, mas também se arranja em qualquer lado).

E nem vou entrar em comparações relativamente ao inigualável whisky Escocês, porque isso não faz sentido. Ou melhor, mesmo que faça sentido em alguns casos, não há como não dar à Escócia a vantagem destacada no campeonato mundial do whisky. :)

Bem, mas já estou a divagar.

É óbvio que as semelhanças com a Irlanda me trouxeram recordações e tornaram inevitáveis as comparações. Tal como na Irlanda, a língua oficial é o Inglês com um sotaque marado, também se vêem referências ao Gaélico (diferente do Gaélico da Irlanda - embora isso só interesse a quem fale uma dessas línguas), as paisagens verdejantes e as cores da vegetação fazem lembrar o que vi na outra ilha... Enfim, muitas semelhanças.


Onde é que eu ia mesmo? Ah, Edimburgo. É uma cidade muito bonita, com bastantes edifícios antigos e alguns belos edifícios mais recentes (mas também há alguns que estragam a vista, por vezes), um bom número de espaços verdes, um monte a partir do qual se pode vislumbrar toda a cidade à volta, e praia bem perto (embora as oportunidades para a utilizar não abundem). E os pubs, pois claro, pontos de referência em qualquer rua.

Se não soubesse mais ou menos como é o clima por lá, teria ficado mesmo fascinado com a cidade, depois de um fim-de-semana de sol.

Mas para aquilo que lá fui fazer, serviu na perfeição. Um fim-de-semana com pessoal porreiro, numa cidade que vale a pena ver, e uns pints de bela cerveja a acompanhar.

Talvez volte lá, já que o livro que comprei para me dar umas dicas sobre a cidade só chegou depois de eu ter voltado. Nem que seja "só" para experimentar os ales que faltam. :)

























Cheers!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Grandes sons (III) - Black Sabbath / Heaven & Hell / Ronnie James Dio

Estimados ouvintes,

Parece que foi há pouco tempo, mas já passaram uns 12 anos.

Estava eu a vasculhar, mais uma vez, a colecção de discos do meu pai, e achei que estava na altura de ouvir um disco que ele lá tinha dos Black Sabbath: Heaven and Hell.


Na altura ainda não os conhecia, mas fiquei rendido logo nos primeiros riffs.

Longe de ser dos primeiros álbuns da banda (é de 1980) e tendo sido gravado, até, depois da saída de Ozzy Osbourne, não é provavelmente o que me recomendariam para começar. Mas a verdade é que, começando por aí, o som original dos Black Sabbath (os discos anteriores) não soava tão bem, principalmente por causa da voz. Ou pelo menos demorou algum tempo até começar a aceitar melhor.

É precisamente por causa da voz que vão ouvir de seguida que escrevo este post. A formação presente neste álbum formou, há alguns anos, os Heaven & Hell, para umas digressões por esse mundo fora. Teria, daqui a uns meses, oportunidade de os ver ao vivo aqui na Holanda, assim como teria também o público Português.

Teria, porque infelizmente o vocalista da banda, Ronnie James Dio, faleceu há uns dias.

Admito que, para além dos Sabbath, pouco conheço do seu trabalho. Mas conheço o suficiente para me ter marcado. Uma voz lendária do Heavy Metal que me deu como que as boas vindas a esse género musical (mesmo não tendo sido a primeira vez que ouvi esse tipo de música). Foi também nessa altura que percebi que a colecção do meu pai tinha mais jóias do que eu pensava.

Com isto queria apenas deixar aqui uma pequena homenagem a essa lenda, com algumas músicas desse grande álbum dos Black Sabbath. São precisamente as primeiras três do álbum, já que foram as primeiras três que ouvi.

As duas últimas tocadas mais recentemente pelos Heaven & Hell (mais por uma questão da qualidade dos vídeos). A primeira, sendo também a primeira música daquele álbum, quis colocar com um som mais próximo do original que me invadiu os ouvidos na altura. Obviamente nota-se de imediato a diferença na pujança daquela grande voz.


Black Sabbath - Neon Knights




Heaven & Hell - Children of the Sea




Heaven & Hell - Lady Evil




Doei!

sábado, 15 de maio de 2010

Efterklang

Caríssimos leitores,

Pois claro, mais uma vez venho aqui relatar uma ida ao espectacular Doornroosje, na passada semana, desta vez para ver uma banda Dinamarquesa chamada Efterklang (não, não é o nome daquele vulcão Islandês).


Desta vez o som é um pouco diferente das últimas bandas que vi por cá. Não deixa de ter algumas semelhanças com o post-rock, mas nota-se mais uns toques de pop, rock, música electrónica, bastante experimental e com variados instrumentos à mistura.

Conseguem criar um som cheio e harmonioso, ora etéreo e hipnótico, ora alegre e contagiante, quase obrigando os lábios a formar um sorriso. Sorriso, que os elementos da banda transportavam consigo, sempre simpáticos, alegres e contentes.

A verdade é que o resultado final é muito bom, e mais uma vez assisti a um grande concerto nesta bela localidade.

Mais para o fim do concerto já estava exausto, devido à futebolada um pouco antes, caso contrário também teria estado sempre tão sorridente como a banda.

Ficam aqui os vídeos da praxe.


Efterklang - Swarming




Efterklang - Mirador




Efterklang - Modern Drift




Doei!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

SLB

Estimados leitores,

Poucos são os momentos em que escrevo aqui sobre futebol.

Compreensivelmente, penso eu, já que a história recente do meu clube não tem sido a melhor. Ora lembro um ou outro jogador importante para mim que decide deixar de jogar, ora realço um momento sublime de futebol da minha equipa.

Esta época não faltaram oportunidades para referir o bom momento do Benfica. Mas, inicialmente por falta de tempo, e mais tarde por manifesta dificuldade em realçar qualquer momento que fosse, acabei por não escrever nada.

A época do Benfica foi simplesmente fantástica. E só não foi decidida mais cedo devido a um Braga que, com esta performance, teria sido campeão em épocas anteriores.

Momentos sublimes, houveram muitos. Com o melhor plantel que me lembro desde que comecei realmente a prestar atenção ao futebol (desde a época de 1993/94), e desta vez com um treinador capaz de juntar todas as peças e formar uma grande equipa, ver o Benfica jogar foi um prazer. O sofrimento a que os benfiquistas estavam tão habituados não foi tão necessário esta época. E ainda bem.

Todo o mundo festejou. Até em Nijmegen, essa grande cidade lusófona, um grupo com cerca de alguns benfiquistas festejou e assistiu, cortesia de transmissões extremamente legais na internet, aos festejos dos vários milhares que se manifestavam nas ruas do nosso Portugal.

O Benfica foi campeão, mereceu sê-lo, e espero que o seja com maior regularidade no futuro.



Ainda com um atraso maior, quero também felicitar a nossa equipa de futsal. Não é todos os dias que temos uma equipa campeã da Europa, independentemente da modalidade.



Um grande bem haja a todo o mundo benfiquista!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Caspian

Estimados leitores,

Há cerca de uma semana desloquei-me, mais uma vez, ao incontornável Doornroosje, para mais um grande concerto de post-rock.

Desta vez a banda a passar por lá foi Caspian.


Uma banda Norte-Americana, menos conhecida que Mono, mas sem que se note isso pela qualidade da música. O concerto foi bom, mas fiquei bastante surpreendido com o baixo número de espectadores. Talvez por serem menos conhecidos, talvez por ter havido um feriado no dia anterior, ou talvez não.

Acho que já disse aqui tudo o que tinha a dizer sobre post-rock em geral. Como poderão constatar pelos vídeos (caso tenham algum interesse, claro), esta é mais uma banda que vale a pena seguir. Épico, belo, melódico, brutal.

Valeu a pena lá ir e ouvi-los.


Caspian - MIE / La Cerva




Caspian - The Raven




Caspian - Sycamore




Doei!

domingo, 2 de maio de 2010

Festividades em terras lusitanas

Cordiais saudações, caríssimos leitores!

Já com algum atraso, venho aqui falar-vos um pouco sobre o fim-de-semana do nosso 25 de Abril, que passei em Portugal. Um fim-de-semana repleto de celebrações.

Para começar, no dia 24, o que me levou lá inicialmente - um casamento. Já aqui tinha manifestado o meu protesto para com os meus amigos, por estarem todos a decidir casar. Isto de viajar para Portugal, ainda por cima com o vulcão Gertrudes (sempre é mais fácil de pronunciar) a expelir cinza como se não houvesse amanhã, não é fácil. Mas pronto, desta vez passa.

Foi um belo dia, passado na companhia de amigos com quem não tenho tido oportunidade de conviver regularmente, e sempre com boa comida, devidamente acompanhada por um copo cheio.


No dia da revolução dos cravos foi celebrado o aniversário (de uns dias antes) do meu pai. Desta feita, foi a oportunidade de rever grande parte da família e, como não podia deixar de ser, comer e beber bem, mais uma vez.

Deixo aqui a foto do bolo, especialmente dedicado ao aniversariante. Só faltava fumegar um pouco. Isso veio depois, mas não fotografei o momento.



Enfim, não tenho muito mais a escrever. Foi um bom fim-de-semana em que reencontrei os meus (não todos, claro), o que sabe sempre bem.


Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Esta quadra é pequena
E de fraca qualidade...