Saudações, caríssimos apreciadores de boa música (ou candidatos a).
Nos últimos tempos, tenho expandido em várias direcções a minha biblioteca musical. Num dia pode-me apetecer ouvir um pouco de sludge metal atmosférico (o que eu gosto desta denominação...) ou post-rock, e no dia seguinte música tradicional irlandesa, etc. Enfim, são fases...
De momento encontro-me numa fase peculiar dessa mesma expansão. Uma fase em que recuo no tempo até à década anterior ao meu nascimento.
Muita da música recente que ouço teve bastantes influências dessa década, nomeadamente do rock progressivo que se desenvolveu nessa altura. Mas, para além dos grandes Pink Floyd, um álbum dos Genesis, e outro, já aqui referido, do José Cid, pouco conhecia desse movimento.
Achei então que seria uma boa altura de conhecer algo mais. E digo que é uma fase peculiar porque alguns dos discos que começo agora a ouvir estiveram-me sempre acessíveis ali tão perto, na colecção do meu pai. Olho para algumas das capas, e lembro-me imediatamente de estar com um monte de discos de vinil à minha frente, a tentar perceber que raio de música é que o meu pai ouvia.
Os Pink Floyd sempre fizeram parte da minha vida. Eram eles a dominar o auto-rádio do carro na maior parte das viagens, tendo sido, portanto, das primeiras bandas que ouvi. Depois, com menos domínio, os Omega (algo difícil de encontrar hoje em dia), os Supertramp, os Queen, entre outros. Nestes casos, conhecia as capas dos discos e a música. :)
Uns anos mais tarde, numa daquelas buscas no meio dos LPs, descobri o grande "Heaven and Hell" dos Black Sabath (embora este seja já de 1980, dos primórdios do heavy metal), que ainda hoje ouço.
Mas, falando de rock progressivo, sinto-me um inculto enquanto pesquiso as bandas que criaram verdadeiras obras de arte há 30 anos ou mais.
Tirando os já referidos, comecei com bandas como Yes e Camel, que me fazem imediatamente recordar capas de discos que vi lá em casa muitas vezes e que nunca ouvira. Mas quem mais me impressionou neste início de descoberta foram os Gentle Giant, que muito influenciaram uma das minhas bandas favoritas da actualidade, os Echolyn.
Depois, temos algumas bandas portuguesas que me surpreenderam pela positiva. José Cid, antes de iniciar a carreira a solo, fez parte dos Quarteto 1111. Banda Do Casaco (folk progressivo) é outro nome a reter. A música de qualquer uma destas bandas nada fica a dever ao que se fazia internacionalmente, na altura.
"Oh jovem, isso já eu conhecia há muito tempo... Podias ter perguntado.", dizem alguns dos estimados leitores. Pois é, não tendo eu conseguido arranjar uma resposta para a célebre questão "E então, onde é que estavas no 25 de Abril de 1974?", pelo menos estou a tentar descobrir que boa música poderia estar a ouvir nessa altura, se realmente estivesse nalgum lado. Eu sei que ainda falta muita coisa, mas não se preocupem. Hei-de lá chegar.
E pronto, isto é só o início. Tendo em conta que até tenho alguma música com raízes medievais e estou na cidade mais antiga da Irlanda, que em tempos pertenceu aos Vikings, qualquer dia começo a ouvir as gravações originais dos próprios Vikings (para já conheço algumas metaladas escandinavas), a compilação criada pelos DJs portugueses para motivar as tropas na batalha de Aljubarrota (incluindo as faixas contidas no leitor de MP3 da própria padeira) ou até a banda (encerrada num único ponto de densidade infinita) cujo som bombástico deu origem ao Big Bang.
Acho que já escrevi demais. E afinal de contas, o que interessa aqui não é ler, mas sim ouvir. :)
Cheers!
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