Se assinalei aqui a despedida de Rui Costa dos relvados, também devo assinalar mais uma despedida.
Quando comecei a prestar alguma atenção ao futebol, era ele o melhor do Benfica, e foi-o durante vários anos. É verdade que a falta de qualidade dos plantéis desses anos até me dá vontade de rir, de tão deprimente que era (tirando uma meia dúzia de jogadores, juntando os anos todos). Mas possivelmente foi isso que fez com que ele não chegasse tão longe como poderia.
Obrigado, João Pinto!
terça-feira, 22 de julho de 2008
Menino d'Ouro
Período de seca
Cumprimentos e larguras para os caríssimos leitores,
Para contrariar este post, a seca atingiu a cidade de Waterford. Há já alguns dias que não chove por aqui, e se eu fosse agricultor, estaria certamente nesta altura a pedir subsídios ao estado.
Tenho saído à rua apenas em t-shirt (e por vezes com umas calças também), o que poderá significar uma habituação da minha parte às temperaturas locais, mas também que efectivamente não tem estado frio.
Consegui, inclusive, tostar ao sol durante alguns minutos, desde que devidamente abrigado do vento que se fazia sentir. O Sunny South East mostrou-se no fim-de-semana, portanto.
E até já vi o impensável, senhoras e senhores. Hoje (terça-feira), o céu não tinha nuvens... Ainda estou em estado de choque.
Aposto que naqueles momentos de sol todos os fotógrafos profissionais da região são contratados para que se obtenham as imagens que vemos nos guias turísticos.
Eu não sou profissional, nem fui contratado para tirar fotos, mas tirei-as na mesma! Más ou péssimas, elas aqui estão.
Cheers!
domingo, 13 de julho de 2008
Diz que vem chuva
Depois de uma grande parte do dia a chover, saio de casa para adquirir alguns bens de primeira necessidade (cervejas, por exemplo), e sou ofuscado pelo sol.
"Ah, porreiro! Sempre dá para passear e levar com um bocado de sol nas trombas...", pensava eu.
Mas bastou rodar o pescoço 90º e o corpo outros 90º (seria complicado estar aqui a escrever isto com o pescoço partido, depois de rodar os 180º completos), para ver o típico contraste de cores no céu do sudeste irlandês. "Eh pá, olha o que aí vem...".
Ok, era só para assustar. Estas nuvens não passaram por cima de mim. Estavam antes a afastar-se da minha objectiva. Mas em breve voltarão para me encharcar. A vingança serve-se molhada.
E assim se vai passando esta estação do ano à qual eu não chamaria Verão mas que, de acordo com o calendário, é mesmo o Verão. Com alguns minutos de sol intercalados por chuveiradas de algumas horas.
Mas o que vale é que está calor. Terei de comprar roupa mais fresca, visto que é difícil aguentar temperaturas na ordem dos 15ºC, isto quando não atingem valores próximos de uns abrasadores 20ºC.
Haja Guinness... :)
Cheers!
quarta-feira, 2 de julho de 2008
A progressiva década de 1970
Saudações, caríssimos apreciadores de boa música (ou candidatos a).
Nos últimos tempos, tenho expandido em várias direcções a minha biblioteca musical. Num dia pode-me apetecer ouvir um pouco de sludge metal atmosférico (o que eu gosto desta denominação...) ou post-rock, e no dia seguinte música tradicional irlandesa, etc. Enfim, são fases...
De momento encontro-me numa fase peculiar dessa mesma expansão. Uma fase em que recuo no tempo até à década anterior ao meu nascimento.
Muita da música recente que ouço teve bastantes influências dessa década, nomeadamente do rock progressivo que se desenvolveu nessa altura. Mas, para além dos grandes Pink Floyd, um álbum dos Genesis, e outro, já aqui referido, do José Cid, pouco conhecia desse movimento.
Achei então que seria uma boa altura de conhecer algo mais. E digo que é uma fase peculiar porque alguns dos discos que começo agora a ouvir estiveram-me sempre acessíveis ali tão perto, na colecção do meu pai. Olho para algumas das capas, e lembro-me imediatamente de estar com um monte de discos de vinil à minha frente, a tentar perceber que raio de música é que o meu pai ouvia.
Os Pink Floyd sempre fizeram parte da minha vida. Eram eles a dominar o auto-rádio do carro na maior parte das viagens, tendo sido, portanto, das primeiras bandas que ouvi. Depois, com menos domínio, os Omega (algo difícil de encontrar hoje em dia), os Supertramp, os Queen, entre outros. Nestes casos, conhecia as capas dos discos e a música. :)
Uns anos mais tarde, numa daquelas buscas no meio dos LPs, descobri o grande "Heaven and Hell" dos Black Sabath (embora este seja já de 1980, dos primórdios do heavy metal), que ainda hoje ouço.
Mas, falando de rock progressivo, sinto-me um inculto enquanto pesquiso as bandas que criaram verdadeiras obras de arte há 30 anos ou mais.
Tirando os já referidos, comecei com bandas como Yes e Camel, que me fazem imediatamente recordar capas de discos que vi lá em casa muitas vezes e que nunca ouvira. Mas quem mais me impressionou neste início de descoberta foram os Gentle Giant, que muito influenciaram uma das minhas bandas favoritas da actualidade, os Echolyn.
Depois, temos algumas bandas portuguesas que me surpreenderam pela positiva. José Cid, antes de iniciar a carreira a solo, fez parte dos Quarteto 1111. Banda Do Casaco (folk progressivo) é outro nome a reter. A música de qualquer uma destas bandas nada fica a dever ao que se fazia internacionalmente, na altura.
"Oh jovem, isso já eu conhecia há muito tempo... Podias ter perguntado.", dizem alguns dos estimados leitores. Pois é, não tendo eu conseguido arranjar uma resposta para a célebre questão "E então, onde é que estavas no 25 de Abril de 1974?", pelo menos estou a tentar descobrir que boa música poderia estar a ouvir nessa altura, se realmente estivesse nalgum lado. Eu sei que ainda falta muita coisa, mas não se preocupem. Hei-de lá chegar.
E pronto, isto é só o início. Tendo em conta que até tenho alguma música com raízes medievais e estou na cidade mais antiga da Irlanda, que em tempos pertenceu aos Vikings, qualquer dia começo a ouvir as gravações originais dos próprios Vikings (para já conheço algumas metaladas escandinavas), a compilação criada pelos DJs portugueses para motivar as tropas na batalha de Aljubarrota (incluindo as faixas contidas no leitor de MP3 da própria padeira) ou até a banda (encerrada num único ponto de densidade infinita) cujo som bombástico deu origem ao Big Bang.
Acho que já escrevi demais. E afinal de contas, o que interessa aqui não é ler, mas sim ouvir. :)
Cheers!
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sexta-feira, 27 de junho de 2008
E esta, hein?
Invoco a expressão popularizada por Fernando Pessa após ter tomado conhecimento de que a "essência" da mundialmente famosa Guinness é produzida apenas em dois locais: Dublin e aqui mesmo.
Fantástico! Fico satisfeito por saber que o aroma e o sabor de uma das minhas cervejas preferidas são criados aqui tão perto. :)
Espero que este pedaço incrivelmente valioso de informação tenha suscitado ataques fulminantes de contentamento em todos vós, e que continuem durante o fim-de-semana.
Cheers!
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quinta-feira, 26 de junho de 2008
A não perder
Caros conterrâneos (e não só), vejam lá se não perdem isto. Eu provavelmente vou perder, já que não devo estar por aí nessa altura.
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quarta-feira, 25 de junho de 2008
Só me lembrei agora...
Quando estive no aeroporto de Girona, a empresa responsável pelas questões logísticas foi esta. Nome apropriado...
terça-feira, 24 de junho de 2008
A minha influência na conjuntura económica irlandesa
Pois é, caríssimos leitores, em apenas dois meses causei um impacto de tal magnitude neste país, que este vai entrar na primeira recessão desde há mais de 20 anos.
São coisas que acontecem...
Pensando bem, a Itália também não estava em grande forma quando saí de lá...
Coincidências?... :P
Cheers!
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segunda-feira, 23 de junho de 2008
Noitada de S. João
Nada melhor, para comemorar o S. João, que um belo arroz verde com uma fêvera e uma febra, e ainda uma cidra para empurrar.
Obviamente que para a próxima a cor do arroz será diferente. A estética da obra de arte gastronómica depende da inspiração do artista.
Cheers!
sábado, 21 de junho de 2008
Summer
Não se preocupem. Amanhã volta a chover... :P
Tinha que aproveitar o sol deste belo fim de tarde. :)
Cheers!
terça-feira, 17 de junho de 2008
Música para os meus ouvidos
Boas!
Se quiserem cultivar o vosso já extremamente vasto conhecimento musical, podem dar uma vista de olhos nas sugestões musicais que dei aqui.
Não me responsabilizo por eventuais pesadelos, teclados e monitores destruídos, ou tímpanos danificados resultantes destas minhas sugestões.
Se não gostarem, podem deixar os vossos insultos na caixa de comentários, ou enviá-los para uma morada aleatória (pode ser que até chegue aqui, quem sabe...). Podem também ignorar as sugestões apresentadas e ir comprar o último álbum do Tony Carreira.
Cheers!
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sábado, 14 de junho de 2008
Girona
Olá!
Depois do belo início do Euro2008, a que pude assistir num pub perto de mim, fui passar uns dias à Catalunha, mais concretamente a Girona.
Apesar de não ter sido em férias (isto de participar num projecto com parceiros do resto da Europa tem destas coisas), deu para ver um pouco da cidade, e para matar saudades do calor.
Pois bem, a cidade até é engraçada, mas infelizmente não fui preparado para fazer turismo, pelo que não tenho fotos para vos fazer inveja (por acaso tirei umas com o telemóvel, mas essas não conseguiriam atingir esse objectivo, de tão más que estão).
Posso-vos dizer, no entanto, que se forem lá e quiserem voltar, devem procurar uma estátua de um leão que está a trepar um poste, e dar-lhe um beijo no cu. Sim, precisamente no cu. Também seria mais complicado na cara, já que esta está mais alta. Eu decidi desafiar a superstição, e para além de não lhe beijar o cu, estive quase para lhe dar um pontapé, mas isso fica para a próxima.
Foi uma boa semana. Deu para conhecer o pessoal envolvido no projecto, para passear um pouco numa cidade bem agradável, para comer e beber bem, e ainda para ver mais uns golos da nossa selecção.
Adiós!
segunda-feira, 2 de junho de 2008
mind this gap
A minha pequena contribuição num blog que acompanho há já algum tempo.
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quarta-feira, 28 de maio de 2008
E venham mais 30kg
Um grande bem haja para a vasta comunidade de leitores deste espaço cultural e recreativo!
No passado fim-de-semana voei para Portugal, pela primeira vez desde a minha mudança para o país da Guinness.
Um casamento no sábado (dia 24), com vários amigos da faculdade presentes (noivos incluídos) e comida portuguesa em quantidade e qualidade, fez com que a chuva fosse esquecida.
Por falar em chuva, desde que estou na Irlanda nunca vi chover como nesta ida a Portugal. O clima deve andar um bocado trocado.
No domingo, uma comunhão para cantar com os amigos cantores, e depois a festa da minha afilhada, com muitos presentes, a família reunida, e comida portuguesa em quantidade e qualidade (déjà vu), fez-me terminar o fim-de-semana com um sorriso e com o sistema digestivo a pedir um pouco de sossego.
Na terça-feira voltei ao país da chuva (ou talvez isso seja Portugal agora), com cerca de 30kg na bagagem (sem contar com a bagagem de mão). Cheguei então à sábia conclusão que já não vale a pena trazer tanto peso. No espaço de um mês, a RyanAir aumentou em alguns €€ (não sei ao certo quanto) o preço do excesso de bagagem por kg. Feitas as contas, mais valia ter enviado tudo pela DHL, que ficava mais barato. Para ser low cost, têm de nos chular nalguma coisa, obviamente.
Se não fosse o dinheiro a mais que tive de pagar, até me ria. A jovem que me atendeu no aeroporto muito séria a dizer "Você tem Xkg a mais. (...) Tem a certeza que não quer tirar nada? Posso tirar 2, mas mais não posso."
E eu a pensar, "Hmm... se calhar devia vestir mais umas camisolas, calçar uns sapatos nas mãos e usar umas toalhas na cabeça como turbante..."
Ao menos agora não terei frio por cá. 30kg de roupa aquecem um bocado.
Cheers!
domingo, 11 de maio de 2008
Obrigado, Maestro!
Estão, neste momento, a decorrer os últimos jogos do campeonato português. Entre eles, o último jogo de um dos melhores futebolistas que tive o gosto de ver jogar, e grande benfiquista.
Tenho pena de não estar no Estádio da Luz para assistir aos seus últimos toques de classe, mas tenho a certeza de que os milhares que lá estão se despedem dele por mim.
Obrigado por tudo, Rui Costa!
domingo, 4 de maio de 2008
The Sunny South East
Saudações!
Nos últimos dias até que tem feito sentido a imagem de marca desta região, anunciada em vários panfletos turísticos e websites acerca da região, bem como no título deste post.
Fresquinho, e tal, mas com sol. A parte do fresquinho é só para mim, porque para os irlandeses uns 18ºC já indicam que o pico do Verão está próximo, e portanto já anda tudo em t-shirt. Eu ando de casaco, mas é só para não me confundirem com um irlandês. Sim, porque os meus olhos azuis, cabelo claro e sotaque podem confundir as pessoas.
Mais aqui.
Cheers!
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Uma aventura em Waterford
Muito bom dia, boa tarde ou boa noite!
Após umas semanas bem passadas na terra natal, eis que inicio uma nova experiência de vida.
No já distante post da minha ida à Irlanda, referi que o feedback da entrevista tinha sido negativo. Assim foi, contudo contactaram-me, no dia em que escrevi aquelas linhas, para me oferecer emprego no mesmo sítio, para uma vaga que entretanto abrira.
Decidi começar antes do fim do mês, para poder responder de forma diferente à típica questão "Onde estavas no 25 de Abril?".
Pois bem, estou-vos a escrever de Waterford, Irlanda. Comecei esta semana a trabalhar no WIT (Waterford Institute of Technology), mais concretamente num dos grupos de investigação a si associados, o TSSG (Telecommunications Software & Systems Group).
Entretanto já deu para verificar uma das características do país: o clima. Diz-se que, por cá, durante um dia se tem todas as estações do ano. Pois, é quase verdade. Durante um dia tem-se todas as estações do ano, excepto o Verão. Esse acho que nunca aparece. :)
A ver vamos como corre esta nova aventura. As fotos ficam para a próxima, quando tiver internet em casa. Ou melhor, quando tiver casa. A actual não me agrada particularmente, por isso por agora procuro outra.
Cheers!
terça-feira, 8 de abril de 2008
Road Trip
Ciao!
Para terminar o ano que passei em Itália, fiz aquilo que tinha em mente desde que lá pus os pés: uma road trip desde Itália até Portugal.
Depois da festa de despedida, foi então a altura de arrumar tudo para ir embora. Tive então de testar a capacidade de compressão dos vários tipos de tecido das minhas roupas, bem como a elasticidade das malas onde as coloquei. As caixas das várias coisas em que gastei dinheiro por lá tiveram de ir para o lixo, a bola de futebol que me ofereceram teve de ser esvaziada. Enfim, uma panóplia de tarefas de complexa execução para um curto fim-de-semana.
Fui ainda fazer uma última visita a Roma, onde degustei o último gelado no Della Palma.
No domingo acordei tarde. Foi então altura de terminar as arrumações e colocar tudo na mala do carro. O que não coube lá, ficou para me enviarem. Mais tarde reparei que não tinha dormido mais do que estava à espera. Simplesmente a hora tinha mudado (o telemóvel muda a hora automaticamente, caso contrário ainda hoje estaria na hora de Inverno).
Sendo assim, saí perto das 17h em direcção à bomba de gasolina (1.37€/L penso eu), e de seguida para Pisa. Aí fiquei no sinistro albergue da juventude de há quase um ano atrás.
Na segunda-feira, tendo França como destino, parei na primeira das Cinque Terre - Riomaggiore - para admirar a beleza costeira daquela região, e comer a última pizza em Itália, com o pesto típico da Ligúria.
Depois, até França, a bela auto-estrada que passa perto de Génova, entre as montanhas e o mar, e onde não convém que haja qualquer distracção com a paisagem.
Fiquei em Juan-les-Pins, na Côte D'Azur, durante duas noites, já que na terça-feira (dia dos enganos) tinha mais uma entrevista marcada.
Passada então a entrevista, em Sophia Antipolis, decidi percorrer aquela que é considerada uma das mais belas estradas do mundo (por causa das paisagens por onde passa), entre o Mónaco e Nice. Ainda deu algum tempo para ir até ao túnel do circuito de F1, e passear pela marina, e de seguida fiz-me à estrada. Devo dizer que vale realmente a pena fazer aquele percurso. A cada curva apetece parar o carro e admirar a paisagem. Mas só deu para fazer isso umas 5 vezes... :)
Na quarta-feira, segui caminho, umas vezes à beira-mar, outras mais para o interior, até Saint Tropez, onde parei para almoçar. Estava curioso para ver como era, embora não tivesse grandes expectativas. Tal como o Mónaco, penso que Saint Tropez está muito bem situada e a paisagem dá para uns belos postais.
Mas o melhor estava para vir. Neste dia não pus as rodas na auto-estrada, portanto fui sempre nas calmas. Com Marselha como destino, onde iria aproveitar a hospitalidade do meu antigo colega de apartamento, decidi fazer uma pequena paragem em Cassis. Também só conhecia de nome, nunca tinha visto nada sobre a cidade. Mas fui descobrir lá mais uma paisagem espectacular. Le massif des Calanques. Estava uma ventania descomunal, pelo que não fui até ao topo das falésias, já que mal me conseguiria segurar. Mas é uma grande vista.
Em Marselha, apenas houve tempo para pôr a conversa em dia, ver um jogo da liga dos campeões num pub, e seguir viagem de manhã. Já agora, a estrada entre Cassis e Marselha também é fantástica.
Quinta-feira, ao sair de Marselha, finalmente decidi por onde iria passar. A primeira paragem obrigou-me a um desvio de cerca de 100km para Norte. Mas valeu bem a pena. Conduzir o carro no viaduto de Millau, o mais alto do mundo, é uma bela experiência. É imponente. Parei na área de serviço que existe ao lado para o admirar mais um pouco. De seguida, passei lá outra vez, em sentido contrário, para regressar próximo da costa.Por causa deste desvio, tive de meter mais alguma gasolina. Depois de já ter enchido o depósito com gasolina de 1.33€/L, desta vez tive de me contentar com 1.5€/L. As variações dos preços da gasolina em França são um bocado complexas para a minha capacidade de compreensão.O outro ponto de paragem, onde pernoitei, também não é propriamente na costa. Ganhei curiosidade de lá ir por causa de um jogo de tabuleiro com o mesmo nome. Carcassonne é uma cidade fortificada com muita história. Portanto, se quiserem saber mais, façam favor de utilizar a fabulosa internet. :)
No pouco tempo que tive para lá estar, deu para passear por entre as muralhas e ver o interior do castelo (quem tiver até 25 anos tem desconto, por isso aproveitei). Acho que valeu bem a pena.
Na sexta-feira tinha encontro marcado com pessoal do ESRIN (que trabalhou ou que ainda trabalha lá) em Barcelona, para uma festa de aniversário no dia seguinte. Portanto, fui então em busca de uma pequena vila que fica a caminho, na costa espanhola, e que tinha lido algures na internet que merecia uma visita. Cadaqués é o seu nome. Sendo um pouco isolada, entre as montanhas e o mar, é um ponto menos turístico que outras localidades das redondezas. Devo dizer que foi bastante relaxante almoçar, beber uma sangria (com moderação, naturalmente) enquanto olhava para o mar. Embora não seja o melhor para praia, pois pouca areia tem (é mais à base de calhaus), gostei muito do sítio.
Finalmente pude encher o depósito do carro com gasolina barata. 1.15€/L, e já era puxado.
Depois, Barcelona. Aí encontrei pessoal que já não via há uns tempos. À noite fomos beber qualquer coisa, com menos moderação, e deu para ver que esta cidade é bastante interessante para além dos pontos turísticos.
No sábado, depois de uma paella, uma tarde passada à beira-mar e umas tapas, fomos para um bar para fazer uma festa surpresa a um colega que já não viamos há quase um ano. Tudo previamente combinado com a namorada dele. Quase ninguém era de Barcelona, incluindo ele, mas estava tudo ali naquele dia. Por isso, não é difícil imaginar a sua cara ao entrar no bar, e ver ali toda aquela gente de vários pontos da Europa. Uma grande noite, portanto. :)
No domingo, foi dia de sair, desta vez em direcção ao nosso belo Portugal. Saí ao início da tarde para parar a meio do caminho, perto de Burgos.
Finalmente, na segunda-feira 07/04, entrei em Portugal. Mas antes tive de me precaver, e encher o depósito com gasolina a 1.11€/L, já que por cá os preços são só um bocadinho superiores. Depois de mais de uma semana de sol (tirando umas nuvens em Millau), os últimos 100km de caminho foram de chuva, para me dar as boas vindas.
E cá estou, em casa, a escrever este testamento. É muito estranho estar de volta, e é muito estranho ir a qualquer lado e ouvir falar português. Quando penso nisso, sorrio.
Foi uma viagem cansativa, para mim e para o carro :), mas inesquecível, que dificilmente repetirei. Eu, o meu carro, belas paisagens, descoberta, reencontro de amigos. Melhor era difícil. :)
Aqui estão as fotos que tirei durante a viagem, para o caso de quererem ver mais.
Ciao!