sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Vindimas

Caríssimos,


Com um sem número de tarefas (ou um número de tal forma alto que evito contá-las) a requisitar a minha atenção nos últimos tempos, regresso à (pouca) escrita, por agora apenas para completar o que comecei no post anterior.

Uma das razões que me levou a Portugal naquela altura foi precisamente a actividade que dá o título a este texto.

Já há uns bons anos que não tinha o prazer de participar nas vindimas, uma actividade familiar levada a cabo anualmente.

Desta vez não quis falhar, até porque tinha a intenção de fazer uma experiência.

O fabrico do vinho, a cargo do meu avô durante muitos anos, e agora do meu tio, é do mais artesanal que pode haver.

Há naturalmente alguma ciência envolvida, principalmente no que toca à manutenção de determinada quantidade de dióxido de enxofre (SO2, que pode ser obtido com a adição de sulfitos ou outras soluções) no vinho.

Mas tudo o resto é feito à base de trabalho manual e de processos naturais. Sendo assim, a fermentação do mosto é feita, pelo menos no início, numa cuba aberta. Colocamos assim a nossa confiança nas leveduras presentes naturalmente nas uvas, tanto para a transformação do açúcar em álcool como para manter o mosto relativamente livre de outros microorganismos.

Sendo assim, o plano consistia em levar uma pequena parte do mosto (mais ou menos 24 litros) para casa, inibir a fermentação natural do mesmo e usar antes uma levedura à minha escolha. Deste modo teria uma fermentação mais ou menos controlada e fechada, ao contrário do resto do mosto.
































E é isto. Já devia ter engarrafado o vinho, mas fá-lo-ei na próxima oportunidade. Pelo que já pude provar a diferença é pequena. Seja como for, valeu a pena levar a cabo este pequeno teste. Tenho que pensar no que poderei fazer da próxima vez.


Até já!

1 observação(ões) de carácter irónico ou mordaz:

Ana Silva disse...

Grande vinhateiro, mas entretanto já é altura ouitra vez das vindimas, essas já foram.