quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Belo dia

Ora viva, estimados leitores!


Um belo dia, este que se nos apresentou, não é?

Sem que nada o fizesse prever na madrugada do meu aniversário, acordei por volta das quatro horas da manhã e comecei a pensar em todo o tipo de inutilidades. À falta de melhor solução, peguei no computador e fui tentar fazer algo mais produtivo do que estar simplesmente deitado.

Percebi então que o motivo para ter acordado era o som das Trumpetas anunciando a iminente vitória nas eleições dos Estados Unidos da América por parte de um personagem já por demais mencionado hoje. Tal como refere Miguel Esteves Cardoso, ninguém me avisou que isto podia efectivamente acontecer.


Não esperem de mim uma análise política cuidada da realidade mundial. Para isso já muita gente opina por essa rede fora. Podem esperar, no entanto, uma visão pessimista das coisas sem que seja apresentada grande argumentação para tal - o que não deverá surpreender quem me conhece melhor.

Como acabei de escrever, tenho uma visão do mundo não só pessimista como apocalíptica. Acho que a única solução para este planeta é uma extinção em massa, mas da nossa espécie em particular.

Felizmente a história do planeta Terra mostra-nos que isso não é assim tão improvável. Fenómenos naturais destrutivos são sempre uma opção. Entre terramotos, maremotos, furacões, erupções vulcânicas e picadas de peixe-aranha, há muito cataclismo por onde escolher, embora só uma combinação de vários em simultâneo fosse capaz de fazer mossa significativa.

Uma ocorrência como a muito divulgada de há 66 milhões de anos, que foi chata para os dinossauros e restantes seres da época, era coisa para fazer mais estragos, mas se calhar o pessoal de Hollywood já consegue salvar o planeta de algo que venha em rota de colisão.

Uma epidemia gigante seria a opção seguinte, mas geralmente envolve cenas algo nojentas, sangue por todo o lado, zombies e acaba por se arrastar ao longo do tempo.

Se é para demorar tempo, basta esperar, já que a nossa prolífica espécie é geralmente a causa dos maiores cataclismos. Entre guerras e o conhecido impacto do nosso estilo de vida no meio ambiente, a pouco e pouco o planeta há-de livrar-se de muitos de nós.


Embora não esteja a ver uma solução imediata para os nossos problemas, ela eventualmente virá. Sendo já algo influenciado pela minha localização, as teorias da conspiração (serão mesmo?) começam a pulular no meu pensamento.

Ora, é sabido que Putin está mortinho por invadir a Polónia (e tudo o que está pelo caminho), e agora que os Americanos se estarão a cagar mais do que nunca para a Europa, será que é desta? Trump mandará erguer um muro à volta do país. O mesmo fará o Reino Unido. Depois bastará que os Franceses elejam a Frente Nacional para se ir mais visivelmente espalhando a solução. Os Chineses aproveitarão para tomar posição na base das Lages. E depois teremos apenas de esperar que rebentem uns terroristas, um míssil vindo da Coreia do Norte caia algures ou alguém dê um peido mais alto, e estará tudo novamente à porrada.

Como a guerra é uma actividade com razoáveis emissões de carbono, temos o já mencionado clima a fazer das suas, cada vez mais rapidamente. Será uma guerra muito à base de batalhas navais, já que haverá cada vez menos terra para conquistar. E será tudo com apps também. Apps e drones com mísseis.

E depois desta trabalheira toda afinal serão as máquinas, e respectivas apps, que, num volte-face, destruirão os seus criadores e dominarão o planeta. Mas estas serão máquinas com boas intenções. Começarão a plantar árvores, optarão por combustíveis renováveis, e serão felizes para sempre, desde que eliminem qualquer ser humano que encontrem, ou qualquer indivíduo de uma outra espécie que tenha evoluído para algo próximo.

Enfim, será bem feito.




Apesar de todo este pessimismo ainda tenho alguma esperança que não seja necessário ir tão longe. Depois de, boquiaberto, ter visto o resultado da votação no Brexit e de, boquiaberto, ter visto Éder marcar o golo da vitória de Portugal na final do Euro 2016 e ainda de, boquiaberto, ter assistido às boas novas na noite eleitoral Americana, estou à espera que Sheldon Cooper apareça com a sua típica expressão indicativa de que tudo não passara apenas de uma piada. E que boa piada!




Com visões apocalípticas ou não, o melhor é não levar isto muito a sério. Isso, e produzir álcool, que será bem preciso.





Sorriam! E até breve!

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