sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Mais um ano em pandemia

Um grande bem-haja para todos os meus leitores, e desejos de um óptimo 2022!


Posso desde já adiantar que o ano de 2022 está a diferenciar-se dos que o precederam. A primeira razão é o facto de ter passado umas semanas no primeiro mês do ano em íntimo contacto com esse micro-vilão que causou o pandemónio e a pandemia.

Neste momento estou recuperado, e posso de facto comparar o que me aconteceu com uma gripe, ainda que pior do que qualquer gripe da qual tenha memória. Apesar de tudo foi apenas um caso ligeiro, culpa pelo menos parcial da vacina que me foi administrada. Portanto, continuemos. A ideia deste post é um resumo possível do último ano.


Depois dum Natal de 2020 em confinamento, numa altura em que o plano era ter ido a Portugal, fui-me entretendo como pude. Entre o fabrico de mais alguns hidroméis, a visualização de todos aqueles velhos episódios do Dragon Ball (obviamente dobrados em Português) e mais um ou outro passatempo, o Inverno foi-se passando.




Entretanto uma época desportiva chegou ao fim e outra começou, o que me leva a fazer aqui um parêntesis desportivo e mandar uns bitaites dignos de qualquer tasca.

O Benfica, depois de todo aquele aparato dos 100 milhões e da segunda vinda de Jesus, perdeu. Não só perdeu, como nunca convenceu ninguém da sua valia desportiva. A nova época entretanto veio com novas esperanças mas, salvo raras excepções (como a vitória frente a um Barcelona em crise), a falta de ideias daquela equipa (e do treinador) continuou a ser óbvia, até que eventualmente Jesus saiu mesmo.

Quanto à direcção nem sei o que mais dizer. Se o anterior presidente roubou (alegadamente...) o clube a seu bel-prazer, o actual presidente esteve ao seu lado durante boa parte do tempo e nada fez para o impedir. Ele e uma boa parte da direcção que ainda se mantém no poder. Há 14 anos escrevi neste mesmo blog uma curta entrada de homenagem a esse grande jogador, mas duvido que alguma vez o faça para o seu percurso como presidente, a não ser que ocorra uma drástica mudança.

Ao fim de 17 anos, estou com sérias dúvidas em manter o meu cartão de sócio por muito mais tempo. A porcaria que é o futebol Português, a data de gatunos, ladrões e chupistas que se multiplicam em particular no meu clube, e a sensação de estarmos em queda livre sem fim à vista, sendo que aparentemente muitos sócios estão curiosos para ver o fundo do abismo, fazem-me considerar seriamente abandonar o barco. Simplesmente estou a ficar sem pachorra para isto.

Enfim, continuando. A prestação de Portugal no Euro 2020 decorrido em 2021 foi tão inesquecível que eu já tenho dificuldade em lembrar-me dela.

Mas nem tudo é mau. Futebol não faltará na minha vida. Como podem ter visto em posts anteriores, sigo já há uns anos o Cambridge United, equipa que militava a League Two na época passada. E eis que, após quase duas décadas, subiu à League One (a terceira divisão, a seguir à Premier League e ao Championship), ao ficar em segundo lugar atrás do campeão Cheltenham.

Até ao momento a prestação da equipa tem sido meritória, mantendo-se mais ou menos a meio numa tabela onde rapidamente se encontram nomes que há não muito tempo estavam na divisão cimeira do futebol Inglês, como Wigan, Sunderland, Sheffield Wednesday, Portsmouth, Charlton ou Bolton. Que continuem!

Não haja dúvidas que o futebol a que assisto nos jogos do Cambridge United, embora geralmente de fraca qualidade, enche-me as medidas no que diz respeito à entrega dos jogadores, à lealdade, honestidade, e ao facto de ainda parecer um desporto e não um negócio.


Regresso então ao ano transacto, mais precisamente ao final de Agosto. Depois das vacinas da praxe, fomos espairecer um pouco para um país que muito nos diz, e que nos puxa de vez em quando. Falo da Irlanda, que nos fez o raro favor de não nos encher de aguaceiros.

Serviu para apanhar um pouco de ar fresco, rever alguns locais conhecidos, mas principalmente para visitar Cork (Rolha, em Português) e seus arredores, incluindo Cobh, Fota e Kinsale, onde pudemos visitar as instalações do produtor local de hidromel, Kinsale Mead. Como a possibilidade de nos mudarmos não é assim tão remota, esta zona seria sempre um dos locais a considerar.













E eis que, um mês mais tarde, fomos a Portugal. Mais de um ano e meio depois, finalmente voltei a lá pôr os pés. Dadas as circunstâncias, limitámos as visitas ao mínimo, optando em vez disso por dar umas voltas ao ar livre.





























Ainda lá regressei passado pouco mais dum mês, por razões familiares, sendo que trabalhei remotamente durante esse tempo, e pouco saí. Aproveitei, no entanto, para iniciar a minha aprendizagem de cordofones em miniatura, o que espero venha a dar-me algum gozo.


E eis que veio o Natal, que desta vez não podia falhar. Desta feita, fizemos mais testes e ainda menos visitas, para arriscar o mínimo.







Depois duma viagem calma na véspera de Natal, a viagem de volta, logo após o ano novo, trouxe-nos de volta as multidões no aeroporto, de onde deduzo que tenhamos trazido o vírus, embora não esteja fora de hipótese ele ter-nos apanhado após a chegada.


E era isto, então. Não é um resumo muito detalhado, mas é o possível.


Até breve!

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