domingo, 25 de maio de 2025

25 de Abril sempre?


Um grande bem-haja, caríssimos!


Há já muito tempo que não escrevia nada. Ora por falta de tempo, ora por falta de vontade. Na verdade, pouco sentido faz escrever o que quer que seja por aqui. Se comecei por escrever para partilhar um pouco da minha vida no estrangeiro com amigos e familiares, nesta altura praticamente ninguém aqui põe os olhos, portanto estou a escrever apenas para mim, para o senhor Google e para alguns dos modelos de linguagem entretanto popularizados - ChatGPT e afins.


Sendo assim, o assunto que desta vez me levou a escrever seria altamente improvável nos primórdios deste espaço cultural. Ao longo dos meus vintes, e até parte dos meus trintas, política era algo que não me preocupava muito. Votava, mas como em política nunca fui de clubites ou de fortes convicções, presumo que o fazia alternadamente entre os partidos principais - PSD ou PS.

Hoje continuo a não ser de clubites, muito porque, à medida que vou lendo e aprendendo, as minhas ideias podem ir mudando para um lado ou para o outro. E, convenhamos, os partidos também não são exactamente estáticos nas suas propostas, e muito menos as pessoas que se chegam à frente como candidatos.

No entanto, hoje levo muito mais a sério o meu voto e tento sempre estar informado para votar de facto em consciência. Essa mudança de atitude veio muito da minha experiência no estrangeiro, principalmente a partir do momento em que comecei a ver mais de perto o que se passava na Polónia, e em geral o que se passa em qualquer país vizinho da Rússia.

Estou ainda longe de ter convicções fortes relativamente a muitas questões. Numas inclino-me mais para a esquerda, noutras para a direita, e admito vir a mudar de opinião, não em tudo, mas em parte das minhas ideias.

O que não considero negociável é que interfiram nos direitos e liberdades fundamentais. E não estou a falar só dos meus direitos e liberdades fundamentais. Mulheres, homens, pessoas que se identifiquem com o género que lhes apeteça, pessoas de todas as etnias, países de origem, religiões, convicções, etc, devem ter esses direitos e essas liberdades.

Quero poder falar, escrever, pensar, ajudar quem eu quiser, e já agora fazer com o meu corpo e com a minha vida o que quiser, sem ter que me preocupar que uns bufos me denunciem à PIDE, ou organização equivalente, por considerarem que estou a ir contra o que consideram ser os "bons costumes" a que a pátria deve aspirar.


Estes últimos parágrafos tiram-me um pouco do sério. Nasci já depois do Estado Novo ter caído, mas os relatos desse tempo causam-me arrepios na espinha.

Já a viver na Polónia, e mais familiarizado com o que os Polacos passaram desde a II Guerra Mundial, sob um regime comunista controlado pela União Soviética, passei uns anos em que o governo Polaco todos os dias tentava minar de uma forma ou outra o "sistema". No fundo, foram tentando controlar os media, os tribunais, enquanto iam desviando dinheiro para os amigos e acalmando boa parte da população com algumas medidas populares, mas impossíveis de manter por muito tempo devido aos custos.

Em Outubro de 2023, na maior mobilização desde as primeiras eleições após a queda do comunismo, os Polacos votaram na coligação da oposição. Votaram na democracia. Votaram na integração Europeia. O exemplo do que poderia acontecer aqui no caso contrário é o que se passa na Hungria, um país da União Europeia cada vez mais ditatorial e próximo da Rússia. A Rússia de Putin que tudo faz para minar a democracia na Europa, financiando partidos geralmente da extrema-direita e claramente anti-UE. Quando isso não funcionou na Ucrânia, desistiram de o tentar fazer pela calada e passaram então à violência com uma invasão militar.


Tudo isto para dizer que, talvez até mais do que uma guerra, o que mais me assusta é ter de viver num ambiente como aquele em que vivem os Russos. Após 25 anos de Putin, cada ano com uma crescente supressão de tudo o que é independente e contra o regime, os Russos ou são a favor da guerra e do imperialismo, ou calam-se para tentar evitar acabarem na prisão, ou pior.

Daqui a uma semana temos a segunda volta das eleições presidenciais aqui na Polónia, e neste momento temos praticamente um país dividido ao meio. O presidente, tal como em Portugal, não tem muitos poderes. Mas um presidente associado ao anterior governo, tudo fará para minar os esforços do governo actual, aumentando o risco de tudo voltar atrás.


Há uma semana, na Roménia, o candidato pró-Europeu acabou por vencer as eleições presidenciais, caso contrário a Rússia teria mais uma vitória. E todos os anos teremos situações semelhantes pela Europa fora, como já tivemos, aliás, na Eslováquia.

Há uma semana também, os Portugueses decidiram que o duo PSD-PS deixa de estar "sozinho" nas trocas de poder. O PS ficou um pouco acima de 23% dos votos e o Chega um pouco abaixo, embora o Chega possa vir a ter mais deputados que o PS, com os votos da emigração. Isto quer dizer que teremos possivelmente 60 deputados do Chega na Assembleia da República.

Já surgiram inúmeras análises às causas deste resultado, e eu não tenciono sequer tentar explicar o sucedido, até porque falo duma posição de privilégio. Tenho os meus problemas, como toda a gente, mas não sofro na pele o que essas pessoas sofrem, por isso longe de mim assumir que posso falar por elas. O que me parece óbvio é que os eleitores estão descontentes e cada vez menos olham para os "partidos do costume" como uma solução, já que de nada lhes valeu no passado.

No entanto, o que me causa desconforto não é o facto das pessoas votarem menos no PS e no PSD. É o facto de considerarem que o Chega é a alternativa. Admito que, nos meus imberbes 20 anos, teria sido certamente mais influenciável à propaganda populista que o Chega domina como nenhum outro partido. Não sei se chegaria para mudar o meu voto, mas admito essa possibilidade. Mas um resultado eleitoral desta envergadura é transversal a toda a sociedade. Não são só jovens imberbes que não sabem o que fazem.

Ainda assim, convém lembrar que, ao contrário do que o Chega quer fazer crer, ter 23% dos votos não quer dizer que agora mandam nisto tudo. Quer dizer que 77% das pessoas não votaram no Chega. Mas, dada a progressão desta vaga de extrema-direita na Europa, não é descabido assumir que ter o Chega no poder é uma possibilidade muito forte nos próximos anos.


Há um sketch da Herman Enciclopédia com o qual sorrio pelo menos uma vez por ano, em que o personagem protagonizado por Miguel Guilherme, a trabalhar no escritório, repara no calendário que tem na parede, que indica ser dia 25 de Abril. Retira então o papel referente ao dia 25, apenas para se deparar com outro 25, e assim sucessivamente.

Esta metáfora serve também para a pergunta que coloco no título. Se o sketch continuasse por mais alguns minutos, certamente o protagonista acabaria por retirar o último papel com o dia 25. Alguma vez tem que acabar. E este é o meu maior receio no caso do Chega alguma vez chegar ao poder.

Ter no poder um partido racista, xenófobo, intolerante, contrário a tantos tipos de liberdade que defendo, poderia muito bem acabar com as vitórias conseguidas a 25 de Abril de 1974. O cartaz da campanha em que se queixavam de 50 anos de corrupção diz-me que eles anunciam que não gostam de corrupção (embora isso me pareça improvável), mas que para além disso preferiam recuar para os tempos antes desse fatídico dia de 1974.

Um Estado Novo 2.0, nos tempos do TikTok e da inteligência artificial, é ainda mais assustador do que o original. Desculpem-me a franqueza, mas prefiro mísseis a explodir à minha volta. Ao menos é violência mais directa e imediata. Acabamos já com tudo.


Sendo que eu tenho tendências bastante pessimistas, tenho que me focar mais nos 77% que não votaram no Chega. Ou, arredondemos um pouco melhor, os 70-75% que não votaram em partidos anti-democráticos.

Nada contra não votarem em PS ou PSD. Eu também não o fiz. Mas não me venham dizer que o Chega é a única alternativa. Há vários partidos pequenos que têm ideias que não envolvem a criação de nova ditadura ou retrocesso nas liberdades fundamentais.

Ainda assim, o que me deixa um pouco mais perplexo ainda são os votos da emigração, onde me incluo. Há um ano metade dos 4 deputados eleitos pelos emigrantes foram para o Chega, e imagino que desta vez isso também aconteça. Deve ser para poder ver ao longe como é uma ditadura. Como há quem goste bastante de filmes de terror, ver as notícias pode ser uma boa idea para um serão de sábado à noite.


Enfim, como já escrevi demais e não vou convencer ninguém com isto, fico-me por aqui. Fiquem bem.

25 de Abril sempre!







sexta-feira, 9 de junho de 2023

Pai

Algumas das nossas ondas sonoras favoritas entram-me agora pelos ouvidos. "Time", com "The Great Gig in the Sky" logo de seguida.

Quão apropriado.

Do mesmo disco dos Pink Floyd que pus a tocar naquele quarto de hospital onde já pouco ou nada estavas a ver, ouvir, sentir. O mesmo disco que me fará sempre lembrar de ti, e que agora terá sempre a carga emocional que inevitavelmente acumulou nessa última hora que passei contigo.

Ainda me parece surreal que tenhas partido. E nada me poderia ter preparado para a brutalidade e o absurdo de, meras horas depois dum ente querido nos deixar, estarmos a olhar com ar apático para um catálogo de caixões.

Logo nessas primeiras horas pudemos sentir o apreço que muita gente tem por ti. Se é complicado perder um ente querido, também o é, se bem que de forma diferente, tentar consolar quem perdeu um ente querido. Há quem consiga expressar bem essa dor e realmente ter algo útil para dizer, mas em geral, e compreensivelmente, segue-se um dilúvio de chavões, mas que o são por fazerem sentido.

Resumindo, "é assim, a vida".

Não acreditando em vidas eternas e afins, recorro ainda assim a outro chavão: o de que na verdade viverás enquanto te recordarmos, e que de certa forma estarás sempre connosco.

Estarás comigo quando eu ouvir os Pink Floyd.

Poderei celebrar contigo as vitórias do Benfica e desabafar contigo nas derrotas.

Quando for lá a casa e precisar de regar os inúmeros vasos com plantas, serás tu a chamá-los de "cacos", embora seja a minha voz a dizê-lo.

Por vezes vou ouvir também a bola a bater no portão da garagem, num longínquo eco dos teus remates indefensáveis, numa das poucas folgas que te dávamos de defender os nossos.

Sempre que jogar matrecos, estarei a tentar replicar as tuas fintas impossíveis.

Ao passear no centro histórico de Cracóvia, estarei a tentar ver pelos teus olhos todos os detalhes arquitectónicos.

Ao ver um pedaço de madeira, por certo tentarei lembrar-me das explicações que davas com gosto sobre esse material, gosto esse que vinha da arte do teu pai.

E, porque não, lembrar-me-ei de ti sempre que veja um pinázio. Se não fosses tu eu nunca me teria perguntado o nome correcto daquilo, e não teria descoberto esta belíssima palavra.

E, finalmente, estarás comigo sempre que esteja a fazer hidroméis. E se algum deles ganhar alguma medalha, terá sido por teres dito que a primeira foi "a primeira de muitas". E por certo estarás nessa altura a brindar comigo também.

Obrigado por tudo, e até já.


terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Tormentas e Boa Esperança

Saudações, caríssimos!


Têm sido tempos algo tumultuosos na minha mente.

Desde logo cheguei recentemente aos redondos 40 anos. A esperada crise da meia idade, na verdade, já vem de há alguns anos a esta parte, e está relacionada com alguns problemas físicos que, não sendo nada de extraordinário para já, me levam a pensar em quão pior poderão ficar.

Depois, o vislumbre do futuro que é ver os meus pais sofrerem com as debilidades trazidas pela idade e pela doença. Se por um lado me preocupo com eles, há sempre uma parte da minha mente que vai alternando entre o apelo motivacional ("Anda lá, só tens mais uns anos de saúde, faz coisas!") e a depressão ("Já só tens mais uns anos de saúde, se tiveres sorte, por isso se calhar não vale a pena fazer essas coisas.")

Entretanto a minha mente naturalmente tratou de adicionar mais algumas preocupações à sua lista cada vez mais longa, com uma pandemia e uma guerra pelo meio.

Mas enfim, cá "vamos andando". Embora esta seja uma expressão que não quer dizer muito, por outro lado, de facto, vamos mesmo andando, e há algo de positivo nisso.


Serve esta deprimente introdução para tentar dar um salto ao reverso da medalha e acabar de forma positiva e lamechas.


Se há muitas preocupações, medos, e dúvidas, há no entanto algo que fiz este ano com toda a convicção e confiança.

Dias depois de completar os meus 40 anos, dei também o chamado nó. Já não me posso considerar solteiro e bom rapaz. A miúda que conheci há 14 anos num pub Irlandês, em Waterford, assinou um contrato vitalício comigo.

15 anos depois de ter saído de Portugal, vejo-me instalado do outro lado da Europa com a minha mulher, esposa, cônjuge, e tecnicamente também ex-namorada.

Mais uma vez me vem à mente um sem número de acasos e pequenas decisões que me trouxeram aqui. É sempre fascinante, mas também fútil, pensar nisso. Em todo o caso, não quereria que tivesse sido doutra forma.

Por muito íngreme que possa ser o nosso caminho, a possibilidade de o percorrer a Teu lado é motivação suficiente. Kocham Cię, M.




Do zobaczenia!

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

De volta ao futebol

Saudações desportistas!


Antes de começar com os devaneios, um adeus ao enorme Pequeno Genial, que nos deixou recentemente. Já cheguei tarde para ver Chalana jogar, mas como para qualquer outro Benfiquista, sempre foi um nome de referência, e não só pelo bigode, que ia ouvindo de Benfiquistas mais velhos.

A última vez que escrevera algo sobre futebol foi já há quase dois anos, e após reler essa minha crónica posso concluir, sem surpresa, que as minhas previsões saíram quase todas furadas. Sendo assim, decidi tornar a escrever sobre esse assunto, e talvez lançar mais algumas previsões que naturalmente falharão por completo.


Vamos então por partes.

A previsão quanto às eleições do Benfica foi a única que não falhou. De facto Luís Filipe Vieira tornou a vencer, após o investimento desenfreado durante o Verão. Acontece que no Verão seguinte se viu seriamente embrulhado com a justiça e eventualmente demitiu-se do cargo de presidente do clube, algum tempo após ter sido detido. Rui Costa assumiu a presidência e, uns meses mais tarde, foi oficialmente eleito para o cargo.

Embora veja alguns passos no bom caminho, ainda falta bastante para que Rui Costa me convença como presidente. Afinal de contas, esteve sempre ligado à direcção anterior, e em posições de destaque nos últimos anos.


Após aquele investimento desenfreado de que falei, a verdade é que tinha algumas expectativas em relação à equipa, assim como dava poucas hipóteses ao Sporting de lutar pelo título, o que obviamente resultou num Sporting campeão nessa época. Mais uma belíssima previsão.

A minha previsão relativamente a Jorge Jesus foi mais uma das que falharam redondamente, mas aqui acho que a culpa é mais dele do que minha. Não era muito complicado pôr o Benfica a jogar melhor futebol (nem era preciso o triplo, como ele prometera), mas por muito que olhe para as últimas duas épocas, isso muito raramente aconteceu. Após a saída de Jesus, Veríssimo pode não ter sido extraordinário, mas certamente não fez pior.

Com a nova época já em andamento, não é difícil de perceber que, apesar de Roger Schmidt estar ainda nos primeiros meses de trabalho, já a equipa apresenta uma evolução notável relativamente às duas últimas épocas. Da parte da direcção, as contratações, até ver, têm sido feitas com mais critério, embora ainda tenhamos duas semanas de mercado pela frente e algumas lacunas por preencher. Portanto, desta vez acho que tenho já razões mais substanciais para estar com alguma confiança.


Outra das previsões que falhei foi a minha descrença quanto à possibilidade de alguma vez ver o Benfica ao vivo na Polónia. Aconteceu ontem mesmo, em Łódź, a terceira cidade Polaca em termos de população. O adversário não foi nenhuma equipa local, mas o Dínamo de Kyiv que, infelizmente, devido à invasão Russa que continua a afectar a Ucrânia, tem jogado no estádio municipal de Łódź, onde habitualmente joga o ŁKS.

Mas vamos primeiro ao mais importante. Como se pronuncia "Łódź"? Nada mais simples. Esqueçam o "Lodz" que tipicamente se usa em Portugal. Segue-se uma tentativa algo frustrada de explicar os sons equivalentes em Português:

  • "Ł" - "L" dito por alguém que não consegue dizer os L's
  • "Ó" - "U"
  • "D" - tal como em Português
  • "Ź" - "J"
Na prática soa algo como "Uudj". Mas melhor mesmo é ouvirem a palavra a ser correctamente pronunciada (por exemplo, aqui).

Voltando ao jogo, era a primeira mão do play-off de qualificação para a Liga dos Campeões. Depois do Benfica ter passeado frente aos Dinamarqueses do Midtjylland, este embate seria certamente mais complicado. Apesar de não ter competição nesta altura, o Dínamo de Kyiv é uma equipa mais difícil de bater, como já mostrou ao eliminar o Fenerbahçe e o Sturm Graz. Mas, embora tenha causado um ou outro calafrio, o Benfica acabou por ser claramente superior e saiu da Polónia com dois golos de vantagem para a segunda mão.

Posso não ter outra oportunidade de ver o Benfica por cá, mas já fico satisfeito por ter tido esta. Na verdade, ver o Benfica em jogos Europeus é das minhas actividades Benfiquistas favoritas, e sempre o fiz misturado com os adeptos locais. Neste caso estavam, pareceu-me, poucas centenas de Benfiquistas algo espalhados, e não havia uma concentração de adeptos que facilitasse cânticos muito sincronizados. Um pouco como ver Portugal no Euro 2012. A grande diferença para outros jogos Europeus a que assisti antes foi o facto de estar rodeado dum misto de Benfiquistas, Polacos (inclusive Benfiquistas Polacos) e Ucranianos, num ambiente sem tensão nenhuma, e em que tive a oportunidade de apoiar a minha equipa, regozijar-me com os golos, e apoiar a causa Ucraniana. Duvido que volte a ter uma experiência futebolística com tanto significado, por muito pouco (ou nenhum) impacto que tenha no que está a acontecer no país vizinho.



Passamos então para as previsões que fiz relativamente ao Cambridge United. Ora, essa época começara com os U's a chegar ao topo da tabela e com Paul Mullin a marcar uma rajada de golos. A verdade é que, ao contrário do que eu pensara, a equipa não perdeu fulgor e terminou num digno segundo lugar, subindo para a League One, o que, segundo os meus potencialmente incorrectos cálculos, não acontecia há quase 20 anos.

Infelizmente Paul Mullin, que continuou a marcar golos nessa época, tendo chegado aos 32, e vencido o prémio de jogador da época da League Two, decidiu aceitar uma proposta financeiramente mais vantajosa para mudar de ares. Em vez de seguir para a divisão acima com o Cambridge United, foi para a divisão abaixo (abaixo da League Two, portanto) para tentar ajudar o Wrexham a subir, o que até ver ainda não se verificou.

Ainda assim, o Cambridge teve uma meritória prestação na última época, mantendo-se a meio da tabela. Para já parece-me ter condições para se manter a este nível, e vou seguindo a equipa com interesse.


Tendo em conta o grau de sucesso das minhas previsões, quero só aqui prever a não vitória do Benfica no campeonato, e ainda as péssimas prestações do Benfica na Liga dos Campeões e do Cambridge United na League One, bem como um lugar entre o 2º e o 32º para Portugal no próximo mundial.


E por agora é tudo.


Até breve!