segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Fortarock XL 2013

Saudações, caríssimos ouvintes de boa música!


Já bastante tarde, como tem sido meu hábito, venho aqui escrevinhar algo sobre a edição de 2013 de um festival que decorre anualmente em Nijmegen. É um festival dedicado à música mais pesada, designado por Fortarock XL (XL para distinguir dos vários eventos ao longo do ano com a designação de Fortarock).

Já estava arredado há algum tempo destas andanças, principalmente por estar mais dedicado a outros passatempos, mas a música é algo de que não consigo estar afastado por muito tempo. Foi então com satisfação, mas também com um sentimento quase de obrigação (nos anos anteriores falhara este festival) que decidi ir.


Se não é a primeira vez que põem os olhos neste blog, é provável que tenham visto que há um nome no cartaz de que já falei várias vezes e, para não variar, foi a principal razão para eu comprar aquele bilhete. O festival tinha várias bandas de qualidade, que gostava de ver, mas nenhuma delas me faria por si só ir ao festival. Excepto Opeth, pois claro.

É irrelevante o número de vezes que já os vi ao vivo, porque tentarei sempre ir vê-los novamente. Neste caso iam tocar nos arredores de Nijmegen, portanto era impensável não ir até lá.

Mas tirando esse concerto, estava bastante relaxado em relação ao festival. Estava até calmamente em casa a tomar um chá verde enquanto decorriam os primeiros concertos. Nunca pensei que chegasse a este ponto. Um chá verde e um festival de metal no mesmo dia...




Bem, passando então ao que interessa.


Cheguei pouco antes de começar o concerto de uma outra banda Escandinava, mas da Noruega, EnslavedPouco conhecia desta banda, tirando o nome. Mas estava curioso. Tal como Opeth, têm as suas raízes no típico black metal da Escandinávia, mas têm vindo a amenizar um pouco com a adição de elementos que me puxam mais, podendo hoje ser considerada mais uma banda de metal progressivo.

Continuo a conhecer pouco deles, mas neste concerto percebi que há ali sons muito interessantes para explorar. No preciso momento em que escrevo estas linhas estou a ouvir a música que vos deixo de seguida. E que música! Não sei se consigo parar de a ouvir.

Enslaved - Thoughts Like Hammers (RIITIIR, 2012)



Um pouco mais tarde apanhei uma parte do concerto dos Entombed. Era um nome também conhecido, mas devo dizer que não aprecio particularmente o estilo. Mais um representante do metal Escandinavo, mas que não tem os elementos mais melódicos que me fazem gostar de outras bandas da região. Após algumas músicas, era tempo de dar mais uma volta.

De seguida encontrei os Mastodon, banda de que gosto e que já vira ao vivo, a abrir para os Tool no Pavilhão Atlântico. Nessa altura não gostava tanto, mas os trabalhos que entretanto foram lançando apelaram mais ao meu gosto, principalmente o álbum de onde foi retirada a música que podem ouvir já a seguir.

Mastodon - Oblivion (Crack The Skye, 2009)



Um dos problemas de festivais com vários palcos é efectivamente a impossibilidade de estar em mais do que um em simultâneo. Dado que uma outra banda que me interessava, os Finntroll, tocavam ao mesmo tempo noutro palco, acabei por ouvi-los apenas ao longe.

Logo a seguir aparecia no palco principal uma banda que finalmente dava vontade de pôr lá os pés (até aí o palco principal não tinha puxado muito). Devo assumir que muito pouco conheço destes senhores, mas o seu nome precede-os. Em qualquer concerto de rock mais pesado há sempre alguém envergando uma t-shirt com o logo desta banda, portanto não podia deixar de ir até lá, nem que fosse por uns momentos. Eram os Motörhead. Chegava o momento de ouvir alguns clássicos mais velhos do que eu.

Motörhead - Ace Of Spades (Ace Of Spades, 1980)



De volta ao palco-tenda, tinha à minha frente mais um dos monstros do metal Escandinavo, Amon Amarth. Não posso dizer que os conheça bem, mas o nome baseado nos escritos de Tolkien e as letras baseadas na mitologia nórdica apelam à minha imaginação. E a música também.


Amon Amarth - Twilight Of The Thunder God (Twilight Of The Thunder God, 2008)



Mais uma vez no palco principal, estava curioso para ver um pouco dos Volbeat. Não conhecia, nem conheço, grande coisa dessa banda Dinamarquesa, mas a base parece interessante. O resultado não é mau, mas não posso dizer que seja o maior fã do estilo. Uma espécie de rock pesado com alguns elementos de rock & roll. Fiquei por lá uns minutos, mas havia um assunto mais importante a tratar na tenda.

Volbeat - Heaven Nor Hell (Beyond Hell / Above Heaven, 2010)



Os assunto era, obviamente, assegurar um lugar minimamente decente para assistir ao melhor concerto da noite, cortesia dos Suecos Opeth. Acho que já não tenho mais nada a dizer sobre eles. Continuam em grande, e sempre que possa lá estarei para mais uma dose de black metal progressivo, ou o que quer que eles venham a tocar no futuro.

Opeth - Ghost Of Perdition (Ghost Reveries, 2005)



Mas ainda havia mais um concerto para ver, e no qual tinha algum interesse. Depois de Opeth não havia nada que se pudesse comparar, mas queria ver de qualquer forma. Para descansar um pouco fiquei lá para trás, perto da barraca do café, caso me apetecesse alguma coisa, e comecei obviamente a abanar a cabeça quando começou.

Não há como evitar. Não sou o maior adepto destes Alemães, mas sempre gostei pelo menos de algumas músicas. O estilo musical não é dos meus favoritos, a pompa e circunstância do espectáculo, bem como o exagero no guarda roupa e todos os acessórios que vão aparecendo, também não. Mas a certa altura tive que deixar escapar um "F**a-se, os gajos são bons!", porque eles são efectivamente bons naquilo que fazem. São os Rammstein, e o concerto foi uma espécie de apresentação de um best-of.

Muita extravagância, muita pirotecnia, chamas, e até um canhão em forma de pénis lançando espuma para cima dos fãs mais devotos, lá na frente, mas não posso negar que eles dão espectáculo. Certamente não desiludiram a audiência.

Eu estava muito lá atrás, e a certa altura até um cappuccino tomei, mas tive o cuidado de assegurar que a espuma não vinha de fontes menos recomendáveis.

Já agora, deixo aqui uma foto, directamente do artigo do jornal local sobre o festival.


Rammstein - Ich Tu Dir Weh (Liebe Ist Für Alle Da, 2009)


Rammstein - Sonne (Mutter, 2001)



Tot ziens!

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