Saudações aos inúmeros leitores que por certo encontrarão estas palavras!
Peço mil perdões pela minha falta de assiduidade neste espaço. As mil e uma ocupações a que tento dedicar o meu tempo (e as mil e uma razões que me levam a falhar nessa tentativa), bem como crises de ansiedade, crises de meia idade, pandemias, ou simplesmente a chamada vida, impedem-me de estar aqui sempre que gostaria.
Mas acho que já é tempo de desistir de procurar desculpas e simplesmente aparecer quando quero e posso.
Nos tempos que correm este cantinho da internet quase que parece um diário secreto, já que se não partilhar um post numa rede social ninguém saberá da sua existência.
Por outro lado, apesar de ser alguém com olho para a tecnologia, fui negligenciando as actualizações que o template e o layout do blog pedem há anos. Sendo assim, as hipóteses de alguém encontrar o blog em motores de busca são menores, e o facto de nunca me ter preocupado com o aspecto do mesmo em dispositivos móveis também não ajuda.
Tudo isto aparenta ser muito deprimente, mas por outro lado até me agrada a ideia. Por certo não serei o único a achar isso, mas há muito que as redes sociais deixaram de ser aquilo que prometiam inicialmente - um ponto de encontro para uma rede de amigos e/ou conhecidos (já que o conceito de amigo numa rede social foi variando com o tempo).
O problema já nem passa tanto pelo número de "amigos". A competir com os amigos estão as diversas páginas comerciais que eventualmente cada um decide seguir, os grupos dos mais variados interesses, ou simplesmente um sem número de anúncios a poluir o ecrã, impedindo a aparição daquilo que realmente interessa.
Ter um espaço que, embora disponível para todos (sim, eu sei que isto está tudo hospedado com o Sr. Google), quase ninguém vê, acaba por ser algo libertador. De vez em quando sabe bem sair dessa nova internet por uns momentos e respirar um pouco de ar fresco. Até posso estar a escrever lixo tão mau ou pior que qualquer outro nessa rede, mas ao menos posso escolher onde o empilhar, e não necessariamente em cima do outro.
Não prometo maior assiduidade, mas pode ser que lhe apanhe o gosto novamente. Muita coisa mudou desde os primeiros tempos deste blog, portanto o que escrevo hoje terá que ser bem diferente do que escrevia nesse aparentemente distante passado. E muitas outras coisas mudarão, certamente. Mas o que é isto senão uma colecção de experiências de um indivíduo que, como toda a gente, vai mudando?
Aí está. Um devaneio deveras inútil, mas que saiu com alguma naturalidade.
Até breve! (para um valor potencialmente alargado de "breve")
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