segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Hurling

Saudações!


Depois de, sexta-feira e sábado, ter dedicado as minhas energias a tarefas relacionadas com a logística que uma mudança de apartamento acarreta, chegou o dia aguardado há algumas semanas por todos os adeptos de hurling (um desporto irlandês muito popular por aqui) do condado de Waterford: a final do All-Ireland, a principal competição desse desporto. N
ão fui ao estádio (o Croke Park, em Dublin, com capacidade para 82300 pessoas), mas vi o jogo num ecrã gigante no centro de Waterford.

Pela primeira vez em 45 anos, Waterford chegou à final. E os adversários eram os rivais e vizinhos de Kilkenny. Rivais, penso que mais da parte de Waterford, já que Kilkenny (vencedor das duas últimas edições da competição), juntamente com Cork e Tipperary, dominam esta modalidade.

Embora conheça minimamente as regras do jogo, ainda não estou habituado a segui-lo (este foi o primeiro jogo que acompanhei), pelo que me ficam algumas dúvidas em certos e determinados lances (se devem ser ou não considerados falta, por exemplo).

15 jogadores para cada lado, cada um com um bastão - o hurley -, tentam, durante 70 minutos, introduzir uma sliotar (bola de cortiça revestida a couro) na baliza (1 golo = 3 pontos), ou fazê-la passar por cima da barra (1 ponto).

É um jogo onde
são necessárias uma certa agressividade e muita coragem. E, pelo que me dizem (e faz sentido), nas camadas jovens ou campeonatos mais amadores, essa agressividade transforma-se muitas vezes em violência. Mas, ao mais alto nível só chegam aqueles com técnica superior (e é preciso muita para jogar hurling), pelo que os caceteiros ficam pelo caminho. :)

E, devo dizer, este desporto, ao mais alto nível, é um grande espectáculo para quem o está a ver, sempre com uma velocidade impressionante.
Mais informações na wikipedia, e um vídeo que explica o que é o e como se joga o hurling no youtube (parte 1, parte 2, parte 3).

Posto isto, o que dizer sobre a final?
Bem, basicamente a equipa de Waterford foi fuzilada, atropelada e esmagada por Kilkenny.



Pelo que percebi, Waterford esteve num dos seus piores dias de sempre, mas aqueles gajos de Kilkenny jogam como o caraças (li algures que esta é, discutivelmente, a melhor equipa de sempre daquele condado). O resultado final foi 3-30 - 1-13 para Kilkenny. Portanto, 3 golos mais 30 pontos para Kilkenny, 1 golo mais 13 pontos para Waterford. Waterford que lá conseguiu marcar um golito perto do fim, sendo este do tipo de golos que o Ricardo sofreria caso jogasse hurling.

E assim foi. Eu até fiz o esforço de comprar o cachecol azul e branco para apoiar a equipa, mas creio que seria necessário comprar muito mais do que isso para os ajudar realmente a ganhar aquele jogo. Se eu sofresse com a situação, acho que não seria capaz de ir trabalhar no dia seguinte, por estar a recuperar do KO.

A chatice é que o primeiro jogo que vi é exactamente o último da época. Agora só para o ano...


Cheers!

Água e Ovelhas

Ora viva!


Era uma vez um fim-de-semana com dois dias bem distintos.

O primeiro, o sábado, foi um daqueles dias em que fiz tantas coisas úteis como o Katsouranis fez pelo Benfica no jogo desse mesmo dia contra o Fóculporto.

O segundo, o domingo, foi um dia em que realmente me apeteceu sair e fazer alguma coisa de útil pela minha saúde e pela felicidade do povo irlandês, já que não é qualquer povo que me tem a vaguear pelo seu país.

Sendo assim, decidi então seguir para mais uma etapa da South East Coastal Drive, continuando para a parte final da Copper Coast (sendo a Costa de Cobre, se houver uma trovoada por lá, estamos todos lixados, já que não tem borracha à volta a isolar... mas talvez os pneus do carro ou as solas das sapatilhas me safem).




Bunmahon e Dungarvan foram, mais uma vez, pontos de passagem, em direcção à península de Ring (An Rinn), uma das zonas Gaeltacht, onde se usa o irlandês como língua principal. Já que andava por ali realmente a vaguear (embora tivesse alguns destinos em mente), era complicado saber para onde estava a ir, já que as indicações na estrada são apenas em irlandês.

Aí parei em Helvick, uma zona piscatória, apenas para dar uma olhadela pelo sítio e levar com algumas fortes rajadas de vento na cara.




De seguida dirigi-me para Ardmore (sabendo os nomes das terras, ainda é possível deduzir, através dos nomes em irlandês, que é para lá que estamos a ir), pequena vila costeira com uma bela praia. Pena que não possa ser utilizada muitas vezes. :) Tem também um número razoável de casas, no sítio onde tirei as fotos, com uma vista fantástica para a praia.





De seguida despedi-me do mar e arranquei em direcção às montanhas Comeragh. Pelo caminho, deparei-me com as indicações de umas quedas de água, e segui-as, durante largos minutos, pela estreita estrada que sobe a montanha.

Cheguei então às Mahon Falls. Efectivamente é um bocado de água a cair pela montanha, em direcção a um vale preenchido por calhaus, erva, ovelhas, cabras e algumas pessoas.

É uma bela vista, devo dizer, embora o dia já não estivesse muito iluminado. Não por ser muito tarde, mas porque as nuvens também tiveram alguma curiosidade em ver as quedas de água.

É também impressionante ver as ovelhas calmamente a pastar pelas encostas. Na altura parecia-me muito provável, a qualquer momento, ver um novelo branco de lã a rebolar até cá abaixo, mas isso acabou por não acontecer, pelo que tive de me contentar com umas fotos à água e a tudo o que não estava a cair pela encosta.





Sim, são aqueles pontos brancos lá em cima. E isto com muito zoom.



E viveram felizes para sempre (as ovelhas).

Mais umas fotos aqui.



Cheers!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Ainda sou do tempo...

Pois é, ainda sou do tempo em que este belo programa educativo era transmitido na televisão portuguesa. Muitas vezes dou por mim a ver partes dos seus episódios, e a partir-me a rir.

Certamente que na altura achava piada, mas há muita coisa que me faz rir mais agora do que nessa altura.

Deixo aqui, para vosso gáudio, um excerto de um episódio na versão original (apesar de ter visto sempre em português, por vezes perde alguma piada com a tradução), e um outro, da versão portuguesa, que é provavelmente o meu favorito, sempre recordado por mim com uma gargalhada (se me virem a dar uma gargalhada sem razão aparente, há uma forte probabilidade de me ter lembrado disto nesse momento).






Cheers!

Farol

Saudações para os caríssimos leitores da Antártida, assim como para todos os que se encontram a Norte dessa famosa estância turística.


No fim-de-semana passado (23-24/08), depois de ter passado um sábado bastante agradável em Dublin, à chuva, o sol voltou à região mais seca da Irlanda (e não estou a ser irónico, isto é um facto), o que me permitiu sair e passear um pouco mais.

Como da última vez tive de interromper a South East Coastal Drive devido a questões meteorológicas, no domingo decidi retomar esse belo percurso, com destino ao mais antigo farol em funcionamento do mundo (seguido de perto pelo restaurante Farol, na Póvoa do Varzim, tendo este a vantagem de servir francesinhas).

O farol de Hook's Head, situado numa península pertencente a Wexford, é um dos pontos turísticos mais procurados da Irlanda.
Para além de ser o farol em funcionamento mais antigo do mundo e de ser rodeado por um cenário natural bastante apelativo, é ainda um possível miradouro de focas, golfinhos ou mesmo baleias. Não vislumbrei nenhum destes mamíferos marinhos, mas fiquei deveras curioso pelo facto de muitos dos turistas que lá se encontravam passarem o tempo todo a olhar para o horizonte com os seus binóculos (só mais tarde li acerca destes possíveis avistamentos).

Mesmo sem ver mamíferos, para além dos turistas e alguns dos seus canídeos, e ainda algum gado bovino que por ali pastava, vale a pena ficar a observar a lenta erosão dos penedos provocada pela violenta ondulação marítima. E, já agora, a paisagem verdejante em redor da península de Hook merece uma olhadela, principalmente se o sol lá estiver para a realçar.








Para terminar o dia em beleza, desloquei-me à pequena vila de Dunmore East, de onde se consegue ver o farol ao longe, pois situa-se na margem oposta do rio Suir, do lado de Waterford. Aqui decorria o festival anual de Bluegrass (estilo musical derivado do Country), com actuações de bandas irlandesas e internacionais.

Já não houve tempo para muita música, mas soube mesmo bem terminar o dia num pub ao som de um daqueles concertos e um pint de Guinness (patrocinadora do evento) a acompanhar. :)


Cheers!

sábado, 16 de agosto de 2008

Mítico

Aqui está algo que me apeteceu partilhar convosco.
Estava com saudades desta banda de vulto do rock/folk/jazz/prog português.
Rejubilem!



Cheers!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

South East Coastal Drive

As minhas sinceras e cordiais saudações, prezados leitores deste espaço de divulgação de histórias boas, más e assim-assim.


No passado fim-de-semana decidi seguir a "South East Coastal Drive", um percurso por estradas ao longo da costa, de Este para Oeste, a partir de Wexford.

Tudo isto poderia resultar em algo bonito de se ver, não fosse o grande aglomerado de nuvens cinzentas claras e escuras que se acumulara no céu e que, eventualmente, originaria um fenómeno meteorológico a que se atribui o nome de chuva.

Portanto, tentei fazê-lo no Sábado, mas tive de desistir depois de algumas dezenas de quilómetros, ao verificar que, para além da chuva, uma densa neblina se apoderara da zona costeira, pelo que não pude vislumbrar um bocadinho que fosse da bela paisagem.

No Domingo, ao verificar que alguns raios de sol entravam pela janela, saí de casa e, mesmo tendo em conta as inúmeras nuvens escuras a rodear a cidade, fiz-me à estrada. Como sabia que, mais cedo ou mais tarde, iria haver molha, fui simplesmente em direcção a Tramore, cerca de 13km a sul de Waterford.

Aí pude, finalmente, ver alguma da paisagem costeira da região sem esta estar completamente coberta por nuvens, embora ainda tenha sido atingido por alguns aguaceiros. Deparei-me, então, com uma zona de mergulhos "só para homens" (agora nem por isso, mas antigamente era só para homens), onde a maioria dos corajosos levava fato de mergulho, pois quer-me parecer que aquela água é fresquinha.





Segui daí para Dungarvan, outra vila costeira relativamente perto de Waterford. Aqui não vi grande coisa, visto que a chuva acabou por levar a melhor, e já não era propriamente cedo.

Ainda assim, deu para ver algumas das típicas paisagens do sudeste da Irlanda. De um lado, falésias a descer para o mar, com algumas praias por entre as rochas. Do outro lado, colinas verdes a perder de vista. Algumas estradas em que não passam dois carros lado a lado. Outras com árvores de ambos os lados, sendo por vezes completamente cobertas, parecendo quase um túnel.


Restantes (poucas) fotos aqui.

Eu diria que isto, com algum sol, deve dar um belo passeio.

Até lá, pode ser que a chuva ajude a refrescar as ideias.


Cheers!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

On wheels again

Povo de Timor Lorosae e restantes leitores,


No passado fim-de-semana efectuei uma viagem relâmpago a Portugal. Não que a minha viagem tenha sido originada por alguma descarga eléctrica de uma nuvem de chuva. Simplesmente foi bastante breve.

Breves conversas com alguns amigos, familiares e botões. Breves momentos do festival Ollin Khan em Vila do Conde, breves Super Bocks, e breves preparativos para a viagem de volta.

Depois, 1800km ao som de Pink Floyd, Porcupine Tree, Mandrágora, entre outros, ou então Opeth e Mammoth Volume quando precisava de algo mais violento.

Os primeiros 1200km foram feitos na segunda-feira para atravessar Portugal e Espanha, e ainda cerca de metade da França, para norte (até uma área de serviço perto de Niort). Um percurso bastante monótono, praticamente todo em auto-estrada, tirando a fronteira entre Portugal e Espanha e ainda uma pequena parte no País Basco espanhol, em que o meu GPS, que tem uns mapas extremamente actualizados, me queria mandar para uma auto-estrada que ainda não está pronta...
Foi também o dia em que pensei como toda a gente, e decidi atestar o depósito, pela segunda vez, na última área de serviço espanhola antes de passar para França, poupando assim uns valentes trocos, e esperando uns valentes minutos, porque a fila era grande.

Na terça-feira, já com mais tempo, cerca de 500km até Cherbourg, no norte de França, para aí embarcar no ferry onde pude ver, finalmente, o último Indiana Jones. Sim, foi esta a razão para fazer todos estes quilómetros. O facto de querer trazer o meu carro para a Irlanda nada teve a ver com a escolha do percurso e do ferry. Mas sim o facto deste ter o Indiana Jones no cinema a bordo.

Depois de 17h no mar, com uma noite bem dormida, (ainda que o barco balançasse consideravelmente) e depois de cerca de 80km entre Rosslare e Waterford (curiosamente, ou não, a única parte do percurso em que choveu), cá estou eu, de novo com o meu Focus, mas agora a conduzir pela esquerda. :)


Cheers!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Menino d'Ouro

Se assinalei aqui a despedida de Rui Costa dos relvados, também devo assinalar mais uma despedida.

Quando comecei a prestar alguma atenção ao futebol, era ele o melhor do Benfica, e foi-o durante vários anos. É verdade que a falta de qualidade dos plantéis desses anos até me dá vontade de rir, de tão deprimente que era (tirando uma meia dúzia de jogadores, juntando os anos todos). Mas possivelmente foi isso que fez com que ele não chegasse tão longe como poderia.

Obrigado, João Pinto!

Período de seca

Cumprimentos e larguras para os caríssimos leitores,


Para contrariar este post, a seca atingiu a cidade de Waterford. Há já alguns dias que não chove por aqui, e se eu fosse agricultor, estaria certamente nesta altura a pedir subsídios ao estado.

Tenho saído à rua apenas em t-shirt (e por vezes com umas calças também), o que poderá significar uma habituação da minha parte às temperaturas locais, mas
também que efectivamente não tem estado frio.

Consegui, inclusive, tostar ao sol durante alguns minutos, desde que devidamente abrigado do vento que se fazia sentir. O Sunny South East mostrou-se no fim-de-semana, portanto.

E até já vi o impensável, senhoras e senhores. Hoje (terça-feira), o céu não tinha nuvens... Ainda estou em estado de choque.

Aposto que naqueles momentos de sol todos os fotógrafos profissionais da região são contratados para que se obtenham as imagens que vemos nos guias turísticos.

Eu
não sou profissional, nem fui contratado para tirar fotos, mas tirei-as na mesma! Más ou péssimas, elas aqui estão.











Cheers!

domingo, 13 de julho de 2008

Diz que vem chuva

Depois de uma grande parte do dia a chover, saio de casa para adquirir alguns bens de primeira necessidade (cervejas, por exemplo), e sou ofuscado pelo sol.


"Ah, porreiro! Sempre dá para passear e levar com um bocado de sol nas trombas...", pensava eu.



Mas bastou rodar o pescoço 90º e o corpo outros 90º (seria complicado estar aqui a escrever isto com o pescoço partido, depois de rodar os 180º completos), para ver o típico contraste de cores no céu do sudeste irlandês. "Eh pá, olha o que aí vem...".



Ok, era só para assustar. Estas nuvens não passaram por cima de mim. Estavam antes a afastar-se da minha objectiva. Mas em breve voltarão para me encharcar. A vingança serve-se molhada.

E assim se vai passando esta estação do ano à qual eu não chamaria Verão mas que, de acordo com o calendário, é mesmo o Verão. Com alguns minutos de sol intercalados por chuveiradas de algumas horas.

Mas o que vale é que está calor. Terei de comprar roupa mais fresca, visto que é difícil aguentar temperaturas na ordem dos 15ºC, isto quando não atingem valores próximos de uns abrasadores 20ºC.


Haja Guinness... :)


Cheers!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

A progressiva década de 1970

Saudações, caríssimos apreciadores de boa música (ou candidatos a).


Nos últimos tempos, tenho expandido em várias direcções a minha biblioteca musical. Num dia pode-me apetecer ouvir um pouco de sludge metal atmosférico (o que eu gosto desta denominação...) ou post-rock, e no dia seguinte música tradicional irlandesa, etc. Enfim, são fases...

De momento encontro-me numa fase peculiar dessa mesma expansão. Uma fase em que recuo no tempo até à década anterior ao meu nascimento.

Muita da música recente que ouço teve bastantes influências dessa década, nomeadamente do rock progressivo que se desenvolveu nessa altura. Mas, para além dos grandes Pink Floyd, um álbum dos Genesis, e outro, já aqui referido, do José Cid, pouco conhecia desse movimento.

Genesis - "Selling England By The Pound" (1973)

José Cid - "10.000 Anos Depois Entre Vénus E Marte" (1978)

Achei então que seria uma boa altura de conhecer algo mais. E digo que é uma fase peculiar porque alguns dos discos que começo agora a ouvir estiveram-me sempre acessíveis ali tão perto, na colecção do meu pai. Olho para algumas das capas, e lembro-me imediatamente de estar com um monte de discos de vinil à minha frente, a tentar perceber que raio de música é que o meu pai ouvia.

Os Pink Floyd sempre fizeram parte da minha vida. Eram eles a dominar o auto-rádio do carro na maior parte das viagens, tendo sido, portanto, das primeiras bandas que ouvi. Depois, com menos domínio, os Omega (algo difícil de encontrar hoje em dia), os Supertramp, os Queen, entre outros. Nestes casos, conhecia as capas dos discos e a música. :)

Pink Floyd - "Dark Side Of The Moon" (1973)

Omega - "Gammapolis" (1978)

Supertramp - "Breakfast In America" (1979)

Uns anos mais tarde, numa daquelas buscas no meio dos LPs, descobri o grande "Heaven and Hell" dos Black Sabath (embora este seja já de 1980, dos primórdios do heavy metal), que ainda hoje ouço.

Black Sabbath - "Heaven And Hell" (1980)

Mas, falando de rock progressivo, sinto-me um inculto enquanto pesquiso as bandas que criaram verdadeiras obras de arte há 30 anos ou mais.

Tirando os já referidos, comecei com bandas como Yes e Camel, que me fazem imediatamente recordar capas de discos que vi lá em casa muitas vezes e que nunca ouvira. Mas quem mais me impressionou neste início de descoberta foram os Gentle Giant, que muito influenciaram uma das minhas bandas favoritas da actualidade, os Echolyn.

Yes - "Close To The Edge" (1972)

Camel - "I Can See Your House From Here" (1979)

Gentle Giant - "Acquiring The Taste" (1971)

Depois, temos algumas bandas portuguesas que me surpreenderam pela positiva. José Cid, antes de iniciar a carreira a solo
, fez parte dos Quarteto 1111. Banda Do Casaco (folk progressivo) é outro nome a reter. A música de qualquer uma destas bandas nada fica a dever ao que se fazia internacionalmente, na altura.

Quarteto 1111 - "Onde Quando Como Porquê Cantamos Pessoas Vivas" (1974)

Banda Do Casaco - "Dos Benefícios Dum Vendido No Reino Dos Bonifácios" (1975)


"Oh jovem, isso já eu conhecia há muito tempo... Podias ter perguntado.", dizem alguns dos estimados leitores. Pois é, não tendo eu conseguido arranjar uma resposta para a célebre questão "E então, onde é que estavas no 25 de Abril de 1974?", pelo menos estou a tentar descobrir que boa música poderia estar a ouvir nessa altura, se realmente estivesse nalgum lado.
Eu sei que ainda falta muita coisa, mas não se preocupem. Hei-de lá chegar.

E pronto, isto é só o início. Tendo em conta que até tenho alguma música com raízes medievais e estou na cidade mais antiga da Irlanda, que em tempos pertenceu aos Vikings, qualquer dia começo a ouvir as gravações originais dos próprios Vikings (para já conheço algumas metaladas escandinavas), a compilação criada pelos DJs portugueses para motivar as tropas na batalha de Aljubarrota (incluindo as faixas contidas no leitor de MP3 da própria padeira) ou até a banda (
encerrada num único ponto de densidade infinita) cujo som bombástico deu origem ao Big Bang.


Acho que já escrevi demais. E afinal de contas, o que interessa aqui não é ler, mas sim ouvir. :)


Cheers!